Um retrato de Salazar, uma televisão da época e o ambiente “acolhedor” do Estado Novo. Do sofá coberto com mantas coloridas ao mobiliário típico português. A instalação está no piso térreo do Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, chama-se “The Return of The Real” - com assinatura de Paulo Mendes – e pode ser vista até 6 de Julho no âmbito do ciclo de exposições de arte contemporânea.As exposições querem passar a imagem de um projecto de credibilidade científica e amplitude cultural. “Esta é uma casa da cultura aberta a iniciativas que se cruzam com o neo-realismo, mas que não são necessariamente apenas associáveis à temática do neo-realismo”, explica o director do Museu do Neo-Realismo, David Santos, 37 anos, professor universitário, formado em História de Arte com mestrado em História Política e Social e História da Arte Contemporânea. “Baptista Bastos – prosador do mundo” é a exposição bioblibliográfica que pode ser visitada até 19 de Outubro no museu. A exposição antológica “Júlio Pomar e a experiência Neo-Realista” está também até 6 de Julho e promete uma viagem pelos ciclos do arroz no edifício de linhas amplas e modernas. Nos pisos dois e três há lugar para a grande temática do museu: “Batalha pelo conteúdo – movimento neo-realista português” com ligação à literatura, artes plásticas, música, teatro e cinema. Até Setembro de 2011.