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Funcionários da Cercipóvoa sofrem cortes de 20 por cento nos vencimentos

A deficiência é um problema que pode bater à porta de qualquer um. Seja na altura do nascimento, mesmo antes, seja numa idade já tardia fruto de um acidente. Ninguém está livre de embater contra o camião da frente, cair de um degrau ou ter a infelicidade de ver um filho nascer assim. Mas enquanto não nos toca eles existem num outro mundo: o dos deficientes.A Cercipóvoa, uma das instituições que desenvolve um trabalho único um pouco por todo o país, dá a mão a esses jovens ou menos jovens. Mas isso tem custos. Não se acolhe um jovem e lhe dá banho e refeição quente com uma pessoa na instituição. A nova sede foi um sonho alto, mas está à altura da dignidade de quem lá vive.Eles, os deficientes, já passaram por galinheiros e viveram na escuridão porque a sociedade não estava pronta para os receber. Não voltarão lá no que depender do presidente da Cercipóvoa. E da direcção da instituição, quero acreditar.A dívida está a engrossar e não tarda bate nos dois milhões. Os mecenas ajudam e têm essa responsabilidade, mas o apoio não é suficiente. As famílias destes jovens, quase todos de origem humilde, já têm peso que baste.Agora as consequências da situação chegaram ao bolso dos funcionários. Menos 20 por cento do ordenado é muito para quem já tem pouco. Há dinheiro para estádios de futebol e não há para pagar a casa destes cidadãos especiais?É altura de chamar à frente os senhores governantes os pequenos e os grandes. Estamos perante um caso de relevante interesse nacional em defesa de uma minoria que não tem como o fazer.Luísa Estugarda

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