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Silvino Sequeira abandona Alentejo e regressa à Câmara de Rio Maior

Silvino Sequeira abandona Alentejo e regressa à Câmara de Rio Maior

Autarca socialista invoca razões pessoais para a surpreendente decisão
Não chegou a estar um ano como gestor do Programa Operacional do Alentejo.Silvino Sequeira abandonou as funções no conselho executivo do Programa Operacional do Alentejo e vai regressar à presidência da Câmara de Rio Maior, cujo mandato suspendeu em Setembro passado. O autarca socialista invoca “razões estritamente pessoais” para justificar a decisão, esclarecendo que o seu regresso à autarquia foi concertado com Carlos Nazaré, que o substituiu na presidência. Ficou ainda assente que os dois vão levar o mandato autárquico até ao fim. Quanto a uma eventual recandidatura à presidência do município, Silvino Sequeira diz que essa situação ainda não foi pensada. “Não foi fácil tomar esta decisão e a minha preocupação agora prende-se com o processo de retomar de funções na Câmara de Rio Maior”, disse a O MIRANTE.Silvino Sequeira foi eleito pelos autarcas para o conselho executivo do Programa Operacional do Alentejo a 5 de Setembro de 2007 com 32 votos a favor, tendo derrotado na altura o ex-autarca de Évora Abílio Fernandes, que conquistou os restantes 26 votos dos 58 municípios abrangidos pelo POA. Pediu a suspensão do mandato na Câmara Municipal de Rio Maior em Outubro, para integrar o conselho executivo do POA, tendo sido substituído pelo vice-presidente Carlos Nazaré.Apesar da escassez de elementos justificativos da decisão de Silvino Sequeira e da incerteza quanto à uma eventual recandidatura, é pública a insatisfação do autarca relativamente às verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) atribuídas às autarquias para gerirem através das associações de municípios.Outro facto que pode ter ajudado é o da crescente afirmação e notoriedade política da presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), apontada como a candidata dos social-democratas à Câmara de Rio Maior. Os socialistas sabem disso e provavelmente pretendem apresentar a votos o candidato que mais garantias dá. E esse, indubitavelmente, é Silvino Sequeira.Curiosamente, na mesma semana em que Silvino Sequeira tomou a decisão de regressar ao município, o autarca é objecto de uma entrevista na revista da Escola Profissional de Rio Maior (ainda na qualidade de gestor do POA), onde surge ainda encartada uma biografia do político com 12 páginas.Silvino Sequeira (PS) foi eleito pela primeira vez para a presidência da Câmara Municipal de Rio Maior, em 1985, tendo suspendido o mandato no final de 1996 por um período de 11 meses, durante os quais foi governador civil do distrito de Santarém. Tal como agora, também na altura abandonou o Governo Civil para regressar à autarquia.Associação de Municípios indica sucessor no POADe acordo com a legislação ocorrida em Fevereiro último, caberá agora à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) indicar o seu substituto no POA, cuja comissão executiva é liderada pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Maria Leal Monteiro, integrando quatro vogais, dois executivos (um representante dos autarcas e outro do Governo) e dois não executivos.O Programa Operacional do Alentejo integra cinco NUT II (unidades territoriais para fins estatísticos) – Alentejo Litoral (que inclui quatro concelhos do distrito de Setúbal), Baixo Alentejo (distrito de Beja), Alto Alentejo (distrito de Portalegre), Alentejo Central (distrito de Évora) e, a partir deste quadro comunitário de apoio, a Lezíria do Tejo (10 municípios do distrito de Santarém e um de Lisboa) -, num total de 58 municípios.
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