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Rui Stoffel

Rui Stoffel

41 anos, empresário

Nasceu a 10 de Fevereiro de 1967 em Torres Novas mas com três anos foi morar para Tomar. Considera-se mais tomarense do que torrejano. Pensou em ser engenheiro electrotécnico mas optou por cursar gestão de empresas. É o director-geral das empresas do grupo Auto Tomar. Um negócio que herdou do pai e fez crescer.

Os avós da minha avó eram de descendência alemã. Stoffel é um apelido alemão. Na altura da I Grande Guerra vieram para Portugal e a partir daí deu-se a vinda da família Stoffel para Portugal. Todas as pessoas que têm este apelido têm ligações familiares entre si. Ás vezes organizamos uns jantares onde tentamos reunir toda a árvore genealógica. O meu pai era um empreendedor, uma pessoa com visão de negócio. Abriu, nos anos 60, um negócio automóvel em Torres Novas. Mais tarde veio instalar-se em Tomar que, a partir da década de 70 tinha um peso substancial em relação a outros concelhos. O auge do sector automóvel deu-se no final da década de 90. Foram anos de grande crescimento para todas as empresas deste sector. O maior activo de uma empresa são os recursos humanos. Traba-lham na empresa 21 pessoas. Normalmente a selecção dos colaboradores é feita pelos departamentos mas a minha palavra é a final. Gosto de perder tempo neste aspecto. Sou muito criterioso. Costumo dizer que, independentemente do posto que ocupam, todas as pessoas são importantes. Honestidade e capacidade de trabalho foram valores que herdei do meu pai. Com trabalho, rigor e competência consegue-se alcançar o sucesso. Embora considere que estamos dependentes de factores externos porque temos que satisfazer o cliente com um produto que não é feito por nós. A minha formação é em gestão de empresas. Entrei para o negócio profissionalmente depois de concluir o curso. Sou director geral das empresas que representam a Auto Tomar. Estamos, geograficamente, em Tomar, Torres Novas, Abrantes e Ourém. Somos concessionários da Honda e da Hyundai. Desde 2003 que expandimos o nosso negócio para o sector das motos no sentido de alargar a nossa área de intervenção. Somos representantes, através da MasterBike, da HondaKTM. Trabalho sempre ao sábado de manhã para organizar as minhas coisas com serenidade. Como tenho uma semana de trabalho muito preenchida há coisas que só consigo tratar neste dia. Sem telefone e marcações de nenhum género. Durante a semana o meu dia-a-dia começa sempre cedo, por volta das oito da manhã e nunca termina antes das oito da noite. Na nossa actividade os fins de semana são muitas vezes utilizados para eventos, exposições ou lançamentos de carros. Nessas alturas faço questão de estar presente e ver como as coisas estão a correr. O Japão é um país lindíssimo. Estive lá recentemente por motivos profissionais. Mas o país que mais me surpreendeu pela positiva foi a Coreia, que visitei pela primeira vez em 1997. Já lá estive três vezes. Tinha uma ideia do país completamente diferente nomeadamente na área da industrialização. Tento encontrar algo que possa trazer valor acrescentado para aplicar na gestão da minha empresa. Há sempre qualquer coisa, mesmo que mínima, que se consegue adaptar à nossa realidade. Nem que seja no relacionamento com as pessoas. Os meus filhos conhecem as marcas de todos os carros. Sem haver intenção, acabam por ser um bocadinho como eu era e estar dentro deste ramo. Mas, com franqueza, não sou pessoa para interferir em nada daquilo que eles possam vir a gostar ou a querer seguir a nível de estudo. Sou uma pessoa aberta. Acho que as pessoas devem seguir os seus sonhos. Eles têm oito e cinco anos. O meu melhor tempo é o tempo que passo com eles.
Rui Stoffel

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