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”Luís Mira é mentiroso e arruaceiro”

”Luís Mira é mentiroso e arruaceiro”

Moita Flores desafia administrador do CNEMA a tirar a capa e a candidatar-se à Câmara de Santarém

A polémica voltou a estalar devido à organização, pela Câmara de Santarém, de actividades de animação na cidade na mesma altura em que decorre a Feira Nacional de Agricultura. Moita Flores atribui ao administrador do CNEMA a responsabilidade de, em sucessivas declarações públicas, instigar a discórdia entre as duas instituições com objectivos políticos.Ver Video em: http://www.omirante.pt/omirantetv/noticia.asp?idgrupo=2&IdEdicao=51&idSeccao=514&id=22379&Action=noticia

O presidente da Câmara de Santarém aproveitou o final da inauguração da Feira Nacional de Agricultura, este sábado, para desafiar o administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), Luís Mira, a candidatar-se às próximas eleições na autarquia escalabitana. No final da visita de cerca de três horas aos expositores, em que o secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, representou o Governo, Francisco Moita Flores (PSD) não teve contemplações com Luís Mira. “O que tem havido aqui, por parte de algumas pessoas, é uma tentativa de politizar e denegrir aquilo que é o esforço de cooperação entre a câmara e o CNEMA e confundir o CNEMA com a câmara”, referiu o autarca, presidente do conselho fiscal do Cnema, entidade da qual a câmara é a segunda maior accionista.Falando em tentativa de hegemonização a partidarização da inauguração da feira com “toda a clientela política do PS atrás de Luís Mira” – marcaram presença Rui Barreiro, José Miguel Noras, Manuel Afonso e Carlos Catalão, entre outros - Moita Flores deixou o repto: “Se o engenheiro Luís Mira quer provocar esta ruptura e estes conflitos eu nem lhe ligo enquanto administrador do CNEMA, porque não tem categoria, nem talento nem qualidade para eu poder ter com ele uma atitude de disputa política. Se ele quer ter a hombridade de disputar politicamente a câmara venha cá para fora para a luta a assuma-se como candidato dos seus camaradas que aí andam a apoiá-lo e farei a minha candidatura logo a seguir para discutir com ele os destinos de Santarém”, salientou o autarca. Moita Flores atribui ao administrador do CNEMA a responsabilidade de, em sucessivas declarações públicas, instigar a discórdia entre as duas instituições com objectivos políticos.Luís Mira diz que não há qualquer guerraApesar das palavras duras tecidas pelo autarca, a inauguração decorreu como se nada se passasse, com Luís Mira, Moita Flores e João Machado a caminharem impávidos e serenos pelos diversos expositores. Instado por O MIRANTE a comentar as declarações de Moita Flores, Luís Mira respondeu que o nível da sua conversa “é sempre mais elevado” e apenas se riu e considerou “sem nexo” que se fale que é candidato à câmara pelo PS. Afirmou não haver qualquer guerra entre as duas instituições e considerou não ver vantagens na realização de eventos paralelos na cidade enquanto decorre a Feira da Agricultura no Cnema.“É um absurdo fazer uma festa ao mesmo tempo que esta. Não sei como se pode ligar eventos que têm os mesmos horários e o mesmo tipo de oferta. Se a câmara quisesse investia o dinheiro que aplicou lá em cima aqui na feira ou trazia gratuitamente as pessoas”, exemplificou, refutando que o CNEMA obtenha algum retorno e maior número de visitantes com a realização de actividades no planalto. Quanto aos contactos entre câmara e CNEMA para preparação de ambos os eventos e quando as relações pareciam estar apaziguadas, Luís Mira afirmou que apenas houve acordo para “organizar as camionetas que levam as pessoas para a feira”. Moita Flores respondeu a Luís Mira, acusando-o de “mentir deliberadamente” e de “promover a arruaça”. E dá como exemplo de cooperação o desfile de campinos a cavalo com cabrestos pelas ruas da cidade até à Feira de Agricultura, resultado desses contactos. O autarca faz ainda a destrinça entre João Machado e Luís Mira, de quem disse protagonizar uma “arrogância pateta de alguém que é uma criança que tem passado por adulto”.Sobre a polémica, o presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP) e do CNEMA apenas constatou que esta instituição fez tudo para melhorar o estado de coisas. “O CNEMA tomou acções importantes. Não fizemos nenhuma corrida de toiros no recinto, após acordo para as realizar na praça Celestino Graça. Fizemos um esforço importante em contactos com todas as câmaras da CULT e temos várias autarquias com programas diários na feira. Não podíamos ter feito mais do que fizemos. Se alguma coisa não correr tão bem, não será por falta de diálogo, nem por culpa do CNEMA”, concluiu.
”Luís Mira é mentiroso e arruaceiro”

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