A CDU acusa a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira de ter deitado fora o modelo original do Xira Infantil-certame dedicado às crianças que teve lugar de 30 Maio a 6 de Junho na Quinta da Piedade, na Póvoa de Santa Iria-e de ter implementado “uma amostra” da iniciativa lançada há 29 anos. “As nossas crianças não votam mas merecem mais”, referiu a secretária da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, Isabel Brigham citando um documento apresentado na reunião da assembleia no dia 3 de Junho. A autarca, que é educadora de infância e acompanha o Xira Infantil desde o nascimento em 1979, considerou que o certame apresentou uma altíssima qualidade que serviu de inspiração para municípios de todo o país que ainda mantêm o modelo, ao contrário de Vila Franca. “Não é mais que um espaço para as crianças visitarem e esporadicamente participarem”, referiu.O vereador Fernando Paulo Ferreira (PS), responsável pelo Xira Infantil, refutou o cenário sombrio traçado pela eleita da CDU. O autarca considera que o certame se adaptou aos novos tempos e à realidade das escolas e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que participam na iniciativa.“As escolas e as IPSS não têm condições para dispensar o pessoal para estar três semanas ao serviço da Xira Infantil como acontecia no início”, justificou.Quanto ao modelo da Xira Infantil, Fernando Paulo, considera que mudou para melhor e criou um cenário mais real. “Em vez de brincarem em cima duma alcatifa verde brincam em relva verdadeira. Em vez de um lago representado numa folha de zinco têm um lago real e em vez dos patinhos de esferovite têm patinhos verdadeiros”, disse.O vereador explicou que o modelo actual do Xira Infantil tem o aval de educadores e técnicos das instituições e é do agrado das centenas de crianças que aprendem e divertem-se nas suas visitas ao certame.Fernando Paulo concluiu a sua intervenção, lamentando que a autarca da CDU tenha feito comentários negativos do certame quando estava em representação da assembleia municipal sem que a maioria dos eleitos daquele órgão se revejam na sua apreciação. “Utilizou expressões negativas em nome da assembleia municipal e não o deveria ter feito”, rematou.