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Antiga pousada da Enatur transformada em residência de luxo para idosos

Investimento ronda os dois milhões de euros e vai dar emprego a 15 pessoas
A antiga pousada de São Pedro, junto à barragem de Castelo do Bode (Tomar), foi transformada numa pousada de luxo para a terceira idade que rompe com o conceito de lar pela qualidade e funcionalidade do equipamento. O investimento, da Companhia de Assistência, Bem-Estar e Serviços para Seniores, cifrou-se em dois milhões de euros e vai dar trabalho a 15 pessoas dos concelhos de Tomar, Abrantes e Constância. Vocacionado para estadias de curta, média e longa duração, o edifício foi remodelado e ampliado, com obras que visaram sobretudo a mobilidade de quem ali vai habitar. Todos os quartos (individual ou duplo) possuem ar condicionado e casa de banho privativa preparada para pessoas com deficiências ou dificuldades de locomoção, tendo também sido instalado um elevador de acesso ao primeiro piso.Os promotores do projecto – a enfermeira Ana Vien Costa e o ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, António Lourenço dos Santos – evitam a palavra “lar” para descrever o seu projecto, preferindo descrevê-lo como um equipamento social para a terceira idade, onde não foram esquecidas valências que consideram importantes para a vivência e a manutenção física do idoso. Há uma sala de leitura com prateleiras repletas de livros, uma saleta de jogos com mesas de tecido verde, uma sala de televisão. “Não vamos colocar televisões nos quartos porque queremos que os idosos não passem o dia em frente ao ecrã”, explica Lourenço dos Santos.Um ginásio apetrechado com o equipamento básico e um tanque para hidroginástica fazem também parte das “mordomias” a que os utentes terão direito, com vista à sua manutenção e reabilitação. Haverá ainda viagens de grupo que os idosos poderão fazer às cidades e vilas da região para visitar monumentos históricos e culturais ou simplesmente fazer compras, pretendendo-se que os utentes mantenham a sua integração no meio envolvente. Há duas carrinhas, apetrechadas com sistema para cadeira de rodas, disponíveis para as visitas.Ao lado da sala de refeições, com uma enorme janela rasgada sobre a barragem, há uma pequena saleta onde os futuros utentes podem receber a família ou fazer uma festa em privado. No exterior, além do terraço com mesas e cadeiras já existente, foi feito num piso inferior um deque em madeira, com mesas e cadeiras de verga e um baloiço do mesmo material. Um local de “contemplação” como lhe chama Lourenço dos Santos.No terreno de quatro mil metros quadrados há ainda três casas para recuperar, uma das quais irá servir para apoio familiar ao utente. “A família é a peça essencial para o equilíbrio mental das pessoas”, consideram os promotores, adiantando que a casa de acolhimento vai permitir à família ou aos amigos do residente o convívio por curtos períodos de tempo. A estadia na pousada pode ser feita por três modalidades – curta duração (uma semana ou um mês), com uma diária de 85 euros; média/longa duração, através do pagamento de uma mensalidade entre os 1900 e os dois mil euros; ou a aquisição de um direito de utilização vitalícia de quarto, mediante o pagamento de 30 a 35 mil euros. O equipamento ainda não tem data para a abertura – falta a respectiva vistoria camarária – mas no próximo domingo vai estar de portas abertas à comunidade. E a potenciais “clientes”.

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