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A multiplicação dos pães para a Festa da Amizade

A multiplicação dos pães para a Festa da Amizade

Na Panificação Benaventense a animação é outra, todos os anos por esta altura

Três mil pães para a festa da sardinha assada. Festa da Amizade em Benavente é trabalho a dobrar para os funcionários da Panificação Benaventense, de sexta para sábado. Ver Video em: http://www.omirante.pt/omirantetv/noticia.asp?idgrupo=2&IdEdicao=51&idSeccao=514&id=22723&Action=noticia

Na rua deserta não há um único ruído. Passam poucos minutos das duas da manhã e em Benavente nem o sino de uma igreja se ouve. Nas instalações da Panificação Benaventense, uma das que vão fazer pão para acompanhar as sardinhas na Festa da Amizade, o cenário é mais agitado. Trabalha-se desde as 21h30 e não há horário de saída – “enquanto não acabarmos a folha de serviço não podemos abalar”, explica o encarregado Manuel Martins. Há mil quilos de pão e bolos para confeccionar e dezasseis pessoas a amassar farinha noite dentro.No interior da padaria ouvem-se assobios dos trabalhadores, U2 a passar na rádio e os passos em volta dos profissionais que trocam a noite pelo dia. São duas e meia da manhã de terça-feira e nas ruas de Benavente já há palco montado, luzes prontas a acender e barracas para venda de cerveja junto à estrada. Prenúncio da festa que vai durar entre quinta-feira, dia 26, e sábado.Para os funcionários da Panificação Benaventense, festa significa ter que fazer mais três mil pães. O dobro do trabalho normal. Começa às 16h da tarde de sexta e termina às oito da manhã do principal dia de celebrações. É assim há treze anos, numa empresa que já está aberta desde 1963. E é por isso que o caixeiro, que prefere ser tratado por “Fajarda”, já sabe o que o espera. “Chego ao fim da contagem e já estou farto de pão até aos olhos. Vou logo para casa dormir que nem me aguento de pé”, desabafa. “Se as pessoas soubessem a trabalheira que dá não estragavam tanto pão como se vê todos os anos pela estrada fora”, desabafa.Somados os turnos da noite com os do dia, a panificação conta com um total de 52 empregados e uma rede de três pastelarias e quatro balcões a vender pão. Para o gerente, Vicente Joaquim, é um orgulho confeccionar o pão para a festa. “Faz-me sentir bem porque a coisa que eu mais gosto é de arranjar pão para esta gente toda”, confessa.Nuvens de farinha espalhadas por todo o lado. Quase três da manhã. Enquanto trabalham a massa para o pão, os padeiros lá vão explicando a pouca disponibilidade para participarem na festa que ajudam a alimentar. “Não tenho hipótese de ir à festa, temos que trabalhar ao fim-de-semana”, defende-se o padeiro Luís Narciso. O pasteleiro Luís Rodrigues também trabalha na madrugada de sexta para sábado e só na noite de sábado é que terá força para lá ir “dar uma volta”.Três da manhã. Aviam-se as últimas fornadas e é tempo de organizar a distribuição do pão. Serão as carrinhas dos padeiros, antes de amanhecer, a espalharem os primeiros ruídos pelas ruas desertas de Benavente.
A multiplicação dos pães para a Festa da Amizade

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