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Torricado com bacalhau é rei no Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana

Associações promovem pratos típicos até domingo em Samora Correia

O festival recupera na sua XX edição o seu carácter genuíno. O movimento associativo substitui os restaurantes e garante preços acessíveis. A animação é permanente.

Até ao próximo domingo, dia 13, Samora Correia é um ponto de encontro para os apreciadores da boa mesa. Entre a Igreja Matriz e o Palácio do Infantado, monumentos classificados, respira-se um ar de arraial popular. A iniciativa é uma espécie de três em um. O XX Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana, o X Festival das Carnes Bravas e o I Festival do Torricado com Bacalhau. Este ano a organização - Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (Arcas) - optou por entregar a exploração dos espaços a colectividades e associações em vez de restaurantes e os preços do cardápio foram reduzidos para tornar o festival mais acessível, explicou a O MIRANTE o porta-voz do evento, João Gomes. O festival é também um meio de angariar receitas para organizar as festas anuais de Samora Correia, que decorrem de 14 a 18 de Agosto.A troca dos restaurantes por associações era uma mudança há muito defendida. A ideia é fazer um festival mais genuíno e proporcionar às associações uma boa fonte de receita, segundo afirmou o presidente da Câmara Municipal de Benavente na inauguração do certame, no dia 4, sexta-feira. António Ganhão (CDU) enalteceu o facto de várias associações trabalharem em parceria para a valorização do festival. Grupo Desportivo, Núcleo de Andebol, AGISC, AREPA, Comissão de obras da Igreja Matriz e ARCAS são as associações representadas. Dezenas de voluntários, com o reforço de alguns profissionais, asseguram o serviço.Nos cardápios com iguarias regionais, o torricado é prato obrigatório. O bacalhau assado é desfiado e colocado sobre um enorme pão que é torrado nas brasas e untado com alho e azeite virgem “A ideia surgiu da necessidade de afirmar um dos pratos mais genuínos da gastronomia local. O torricado era alimentação dos trabalhadores no campo”, explica João Gomes que realça a participação da Confraria do Torricado que terá como ponto alto a organização de um jantar regional no dia 12 de Julho, no Palácio do Infantado.Mas para quem não aprecia bacalhau, há enguias fritas com arroz de feijoca, caldeirada de peixe do rio, molhata de peixe e calatróia (prato à base de tomate). Os apreciadores de carne podem saborear tripas, bucho e torresmos à ribatejana; carnes de porco e vaca brava grelhada nas brasas; coelho frito e grelhado e galinha do campo, entre outras especialidades.Para quem se ponha a fazer contas à vida a organização dá uma ajuda. “Em tempo de crise houve um cuidado em proporcionar preços acessíveis. Uma refeição completa terá o preço médio de 10 euros e há doses a partir dos cinco euros”. Para acompanhamento dos petiscos há um programa de animação variada com folclore, fado, música popular portuguesa, sevilhanas, ginástica e danças de salão. Uma exposição sobre as tabernas antigas de Samora Correia está patente na galeria do Palácio do Infantado, a dois passos das tasquinhas e no espaço da doçaria da responsabilidade da Arcas vai decorrer um concurso de arroz doce.

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