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Oposição boicota reunião da Câmara de Almeirim

Vice-presidente Pedro Ribeiro diz que houve “pulhice política”

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O vice-presidente da Câmara de Almeirim classificou como “pulhice” a atitude dos vereadores da CDU e do PSD e do vereador Francisco Maurício (eleito pelo PS mas incompatibilizado com o presidente do município), por terem abandonado a reunião do executivo de segunda-feira. Manuela Cunha, Pedro Pisco dos Santos e Francisco Maurício teceram várias críticas ao presidente da câmara, Sousa Gomes (PS), ausente da sessão por se encontrar de férias, e depois, de forma concertada, abandonaram a sala sem dar oportunidade a Pedro Ribeiro, que conduzia a reunião, de responder a algumas questões colocadas. A reunião terminou cerca de 40 minutos após a abertura do período antes da ordem do dia por falta de quórum, uma vez que ficaram presentes apenas três vereadores do PS. Dois munícipes também não puderam intervir no ponto destinado ao público. Pedro Ribeiro acusou os vereadores de terem uma estratégia para boicotar as reuniões do executivo. Acrescentou que desta forma a população sai prejudicada porque não são votados assuntos importantes, dando como exemplo o protocolo com a Escola Prática de Engenharia, que está a ser negociado há mais de um ano, para a limpeza da Ribeira de Muge, na zona de Paço dos Negros, e que estava agendado para essa sessão. Os vereadores em causa tinham censurado o presidente por não ter comparecido na reunião. “Para mim as reuniões de câmara não se realizam sem a presença do presidente”, disse Francisco Maurício, acrescentando que Sousa Gomes apesar de estar de férias participou numa reunião da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo da qual é presidente e num debate sobre a instalação da prisão em Paço dos Negros. Pedro Pisco dos Santos (PSD) criticou o facto de aguardar há meses respostas a requerimentos que apresentou mesmo depois do presidente da autarquia ter sido advertido pela IGAL – Inspecção-Geral da Administração Local para cumprir os prazos previstos. Manuela Cunha (CDU) referiu que as energias da maioria socialista andam a ser gastas em intrigas em vez de serem canalizadas para a melhoria da qualidade de vida. A exemplo dos outros dois eleitos criticou o secretismo com que Sousa Gomes conduziu o processo do estabelecimento prisional para a Herdade dos Gagos. Acrescentou que o silêncio e o apoio de alguns vereadores do PS fazem deles “carneiros” em vez de pessoas. Já sozinho na sala com os outros dois vereadores socialistas, Joana Vidinha e José Carlos Silva, o vice-presidente comentou que o que se passou foi uma “indignidade” e que “a câmara nunca foi tratada desta maneira”.Esta não é a primeira vez que se registam casos de abandono das reuniões do executivo em Almeirim. No dia 12 de Junho os mesmos vereadores abandonaram a reunião extraordinária depois do presidente do município ter aceite retirar assuntos da ordem de trabalhos, mas ter recusado outros. Na sessão seguinte, dia 16, o presidente do município incluiu os pontos que não tinham sido discutidos. Os três vereadores alegaram que a inclusão dos temas era ilegal. Nessa altura foi Sousa Gomes que abandonou a reunião, seguido pelos seus pares socialistas.

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