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Joaquim Cristiano

Joaquim Cristiano

55 anos, comerciante

Nasceu em Loures a 4 de Maio de 1953 mas foi para Santarém com sete anos. Considera-se ribatejano. Queria ser veterinário mas aos dezoito anos toma conta do negócio de pronto-a-vestir, que herda do pai. Gere há 37 anos a Casa dos Fatos, na Rua Serpa Pinto, no centro histórico da cidade. Os cavalos são a sua grande paixão. Ver Vídeo http://www.omirante.pt/omirantetv/noticia.asp?idgrupo=2&IdEdicao=51&idSeccao=514&id=23046&Action=noticia

O meu pai, Manuel Ferreira Paulos, foi o pioneiro do pronto-a-vestir em Santarém. Tinha uma alfaiataria, mas teve que arranjar formas de atrair mais as pessoas pelo que a certa altura evoluiu para o pronto-a-vestir. Assim nasceu a Casa dos Fatos que fez este ano 50 anos. Temos costureiras que trabalhavam antigamente com os alfaiates. A minha vinda para o comércio não foi natural. O meu pai faleceu quando tinha 18 anos e eu resolvi continuar o negócio. Faço de tudo um pouco, entre gerir os stocks e atendimento ao cliente. Já lá vão 37 anos. A filosofia desta casa passa por tentar que o negócio passe dos pais para os filhos. É gratificante quando isso acontece porque o pai, da primeira vez, vem acompanhar o filho. Criam confiança no nosso negócio. Gosto de andar de fato. Mas no Verão uso menos a gravata. Temos que ter atenção à nossa imagem. Na rua as pessoas reconhecem-me e dizem que “vai ali o Cristiano da Casa dos Fatos”. Antigamente quase toda a gente andava de fato e gravata. Hoje só anda quem é obrigado, por razões profissionais ou em casamentos ou baptizados. Temos que estar actualizados e a par das tendências da moda. Viajo a Itália com regularidade para me inteirar das novidades. Actualmente tenho três colaboradores a trabalhar comigo. São efectivos e têm muito tempo de casa. O cliente tem um sofá onde se pode sentar para tomar a melhor decisão. Gostamos de pôr os clientes à vontade. Aqui não há pressa. Queremos que os clientes estejam tranquilos. Se comprarem, melhor. Se for preciso alteramos os fatos. Refazemos os fatos. Temos gosto em fazer um atendimento personalizado. Temos que deixar sempre a porta aberta aos clientes. Eu sou daqueles que defende que ao domingo todo o comércio devia fechar. Para confraternizar. Ao domingo desligo o interruptor. É o dia da família. É um dia sagrado. Em pequeno queria ser veterinário. Estudei até ao antigo 7.º ano. A minha paixão são os cavalos. É um animal nobre e perspicaz que aprende com a repetição. Todos os dias ando a cavalo cerca de meia-hora. Tenho dois cavalos. Lusitanos puros. O Notável, com ferro Vinhas, e o Universal da Broa com ferro Manuel Veiga. Também gosto muito de touradas, especialmente quando há toureio a cavalo. Considero-me como se fosse do Ribatejo e gosto de partilhar das suas tradições. Sou o pai mais orgulhoso do mundo. Não pude estudar mas as minhas duas filhas, de 29 e 27 anos, já concluíram os seus cursos superiores. A Catarina formou-se em Gestão e a Rita em Medicina.
Joaquim Cristiano

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