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Centenas de pessoas participaram no assalto ao Castelo de Almourol

“Pai, aquelas espadas cortam mesmo a sério?”, pergunta o pequeno Luís Pedro, 6 anos, sentado no chão de pedra enquanto aponta para o personagem vestido com traje de época. O pai sorri e acalma o petiz, explicando que é só a brincar. Mas os inesperados tiros de pólvora seca que se disparam dos canhões, alguns minutos depois, assustam mesmo os miúdos e graúdos. Por volta das 17h00, na quente tarde de sábado, 26 de Julho, a assistir ao espectáculo levado a cabo pelos elementos da Companhia de Teatro histórico Viv’Arte, de Oliveira do Bairro, que tentou recriar o assalto ao Castelo de Almourol, encontravam-se, segundo um elemento da organização, para cima de quinhentas pessoas. Muitas das quais foram obrigadas a deixar o carro a cerca de três quilómetros do local da iniciativa, uma vez que, dada a grande adesão de público, a GNR cortou, a partir de certa altura, o acesso ao castelo. Mesmo assim, ao longe, os aplausos já se ouviam e o público divertia-se com os diálogos “um pouco picantes” para uma história que se pretendia de época. Os actores deram corpo a cavaleiros e arqueiros protagonizando perigosas escaramuças corpo-a-corpo. Dançarinas, artesãos, malabaristas, cavaleiros, acrobatas e outros artistas circenses completaram o espectáculo, sendo a música uma constante ao longo da recriação teatral. A representação remonta à época da ocupação da Península Ibérica, por volta do século II a.C., pelos romanos que se apoderaram do que então seria “um castro lusitano ilhado no meio do Tejo”. Mais tarde, alanos, visigodos e mouros também ali assentaram arraiais, até que, em 1129, o primeiro rei de Portugal tomou de assalto e conquistou esta fortaleza estratégica. Os actores optaram por fazer, no entanto, a recriação em terra firme, não chegando a pisar sequer o Tejo. Entre outras cenas, o público assistiu à recriação do episódio que relata o amor proibido entre a filha de um cruel senhor feudal godo e um pajem mouro. No final, os fortes aplausos do público atestaram o sucesso da representação e o público mais jovem não perdeu a oportunidade para se deixar fotografar ao lado dos actores vestidos a preceito.A iniciativa de sábado integrou-se no âmbito do projecto “Parque Almourol”, que visa transformar a área ribeirinha entre Constância, Chamusca e Vila Nova da Barquinha, no principal pólo de turismo activo e formação outdoor do país, promovendo durante o Verão vários espectáculos de música, dança, teatro, ópera e multimédia.

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