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Estudos ficaram para trás, mas os amigos mantiveram-se

Ao longo deste nove anos de Sporting, viveu pouco em Santarém, não perdeu o contacto com os amigos?Não. Os amigos verdadeiros contam-se pelos dedos das mãos, e com esses não temos que falar ou conviver todos os dias, porque quando precisamos sabemos que eles estão lá para nos dar a mão ou para receberem a nossa solidariedade. Os amigos verdadeiros que tinham mantiveram-se todos ao meu lado.E os estudos?Ficaram um pouco para trás. Deixei de estudar quando fiz o nono ano, não dava para conciliar as duas coisas. Mas agora quando tiver uma melhor estabilidade vou continuar, posso não fazer tudo num ano mas de certeza que vou continuar.É possível conciliar as duas coisas, futebol e estudo?Há exemplos que nos dizem que sim. O Miguel Garcia que foi jogador do Sporting durante vários anos, fez uma licenciatura, porque é que eu não hei-de ser capaz.Porque é que deixou de estudar?As selecções de sub-17 são muito exigentes, ficamos muitas semanas fora da escola e isso torna quase impossível fazer as duas coisas, e aí tive que fazer uma opção e o futebol ganhou.Não foi uma má opção?De forma nenhuma. Corro atrás de um sonho que é francamente realizável. Foi a opção certa que fiz.Como é o Bruno Matias fora do futebol?Sou determinado na corrida por aquilo que gosto. Vou até ao fim para levar por diante as minhas opções. Sou calmo mas determinado. Sou amigo do meu amigo. Adoro a minha família e respeito muito as opiniões das outras pessoas, em especial, daquelas que estão ligadas à minha vida como futebolista. Consegue arranjar tempo para as coisas boas da vida?É complicado. Mas vamos sempre arranjando tempo para algumas coisas, para a família e para os amigos. Só temos um dia livre por semana, por isso, temos que o saber aproveitar. E os meus familiares acompanham-me para todo o lado, e os meus amigos arranjam sempre tempo para meia hora de conversa e beber um café.Acompanha o futebol da Académica de Santarém?Sim. Sempre que posso vou ver jogos, para rever amigos e também para ver jogar o meu irmão.Como é que foi a despedida da academia?Foi o terminar de um ciclo. Foi uma grande despedida, com a ambição de voltar o mais breve possível.Para além do futebol quais são as suas preferências culturais?Gosto de música de vários estilos. Gosto de cinema no geral.Costuma ler?Só jornais, desportivos e regionais. Gosto de dar uma vista de olhos por O MIRANTE. Livros tenho pena mas não sou grande leitor.Momentos maus na vida?A lesão grave no joelho. Fiz uma fractura e estive sete meses parado. Felizmente recuperei muito bem. Regressei quando faltavam dois jogos para o fim do campeonato, e eram decisivos. Acabei por ser preponderante. No primeiro jogo com o Boavista ganhámos três - zero e eu marquei os três golos. No segundo, para sermos campeões tínhamos que vencer o Farense, ganhámos dois - zero e eu voltei a marcar os dois golos. Foi uma coisa espantosa.Quantos golos marcou esta época?Marquei 21 golos, o que para um jogador que não é ponta de lança é muito bom.Se pudesse escolher jogava sempre num relvado natural ou não há diferença para um sintético?Jogava sempre num relvado natural. É muito melhor do que jogar num sintético.

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