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Corticeiros de Coruche rejeitam proposta de aumento salarial do patronato

Os trabalhadores corticeiros da zona de Coruche reafirmaram sábado passado a defesa de um aumento salarial de 3,4 por cento, rejeitando a proposta da Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR), que esperam ver alterada numa reunião negocial prevista para esta semana.Aquilino Coelho, do Sindicato da Construção, Cerâmica e Vidro, que representa também os corticeiros, disse à agência Lusa que, a exemplo do que aconteceu com "as centenas de pessoas" que se concentraram sexta-feira frente às instalações da APCOR em Santa Maria da Feira, também os trabalhadores do sector da zona de Coruche mantêm a determinação em lutar pela actualização salarial que consideram corresponder aos valores da inflação.Na última reunião negocial, a APCOR apresentou aos sindicatos o que afirmou ser a sua última proposta, que consistia num aumento salarial de 14,77 euros e de 10 cêntimos para o subsídio de alimentação (que é actualmente de 5 euros). Os sindicatos representativos do sector defendem um aumento de 22 euros mensais e 5,80 euros de subsídio de alimentação.Segundo afirmam, não podem ser os corticeiros a pagar os custos a que o patronato ficou obrigado com o acordo que prevê acabar, nos próximos oito anos, com a discriminação salarial de que as mulheres são alvo, ao receberem menos 97,66 euros que os homens.Aquilino Coelho afirmou que os sindicatos querem voltar em Outubro à mesa das negociações para discutir a progressão automática das carreiras, considerando inaceitável que os corticeiros possam permanecer toda a vida na mesma categoria profissional.Na zona de Coruche, o maior produtor mundial de cortiça, existem mais de 400 corticeiros, a maioria dos quais trabalha para as duas unidades do Grupo Amorim existentes no concelho.

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