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Milhões aterram na região com a ida do aeroporto para Alcochete

Milhões aterram na região com a ida do aeroporto para Alcochete

Santarém, Cartaxo, Azambuja e Rio Maior compensados pelo Governo com investimentos

O abandono da opção Ota para localização do novo aeroporto de Lisboa acaba por não ser um mau negócio para alguns municípios da margem norte da Lezíria do Tejo.

O presidente da Câmara de Santarém convocou na sexta-feira os jornalistas para anunciar uma série de investimentos a realizar pelo Governo no concelho e na região nos próximos anos. A negociação das compensações entre 16 municípios do Oeste e Ribatejo e o Ministério das Obras Públicas vai permitir desbloquear alguns projectos há muito previstos para o concelho e concretizar investimentos estruturantes. É o caso da ligação ferroviária de Santarém às Caldas da Rainha, com passagem por Rio Maior, onde vai ser criada uma estação do TGV e um terminal de carga e descarga que vai servir as pedreiras da Serra d’Aire.Relativamente ao concelho de Santarém, estão previstos projectos como a construção de novos centros de saúde em Pernes e em Santarém, a beneficiação da Igreja de Santa Clara e a requalificação urbana do centro histórico da cidade, que deverá contar com 10 milhões de euros. Um empreendimento ligado à rede nacional de cuidados continuados integrados está previsto para a freguesia de Achete. Estão ainda previstas intervenções de modernização do parque escolar e 78 milhões para requalificação da Ribeira de Santarém e Alfange, com obras calendarizadas entre 2010 e 2017.Um pacote de obras que, se tudo correr como o previsto, deve ser concretizado até 2017, mas que não é suficiente para motivar para já o anúncio da recandidatura de Moita Flores à presidência da Câmara de Santarém. “A seu tempo isso se saberá. Deixem-me agora partilhar o gozo que me dá ter estado lá no momento certo”, afirmou o autarca, que convocou as chefias do municípios para assistirem ao anúncio das boas-novas.Moita Flores afirmou que “esta é seguramente a maior das memórias que levará quando sair da Câmara de Santarém” e declarou-se convicto de que “jamais chegará tanto investimento de uma vez só para Santarém como vai acontecer a partir do segundo semestre deste ano”. Mesmo assim, referiu que algumas propostas do município escalabitano ficaram pelo caminho.Afirmou ainda a convicção de que este pacote de investimentos, que se encontra praticamente fechado e que deverá ser ratificado em Conselho de Ministros a realizar em Agosto, será mesmo para cumprir. Moita Flores deixou ainda elogios ao ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e aos secretários de Estado envolvidos nas negociações: “Foram os grandes impulsionadores e intérpretes desta caminhada que está a chegar ao fim”. Ao todo são mais de cem projectos para os 16 municípios envolvidos, entre os quais os de Azambuja, Cartaxo, Rio Maior e Santarém, que envolvem 2.100 milhões de euros de investimentos dos quais 1.400 milhões da iniciativa do Governo e 660 milhões de iniciativa municipal. Os investimentos serão efectuados com recurso a fontes de financiamento como fundos comunitários e investimento privado.Este plano surge devido às expectativas de desenvolvimento que existiam e que foram criadas pela hipótese do aeroporto se localizar na Ota, concelho de Alenquer. “O Governo considerou que era justo dar um apoio especial a esta região para encontrarem um novo modelo de desenvolvimento sem ter esta infra-estrutura, não houve aqui um comércio”, disse nesse mesmo dia o ministro das Obras, Públicas Mário Lino, rejeitando a expressão “compensações”.
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