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Expansível Serafim das Neves

Tens toda a razão nesse assunto dos talibãs da Abrançalha. É uma vergonha que um português não saiba o que é o esternocleidomastóideo, esse músculo imortalizado pelo Vasco Santana no filme “A canção de Lisboa”. Quem tem a nobre missão de informar não pode falhar estas coisas. Tem que ser rigoroso. Tem que saber anatomia. Quem não sabe nada de anatomia arrisca-se a ter dissabores. Pode pensar que chegou a um joelho, por exemplo, e já vai meio metro mais acima. E meio meio metro é meio metro, caramba!! Em alturas assim, os jornalistas não podem andar às apalpadelas. Se o homem foi atingido no rabo, foi no rabo. Se foi no mastóideo, foi no mastóideo. Confundir nádegas com virilhas e virilhas com abdómen pode dar mau resultado. Ai pode, pode!! Vê lá o caso do Presidente da Companhia das Lezírias. Um homem daqueles devia saber mais de matemática. Como é possível que não consiga dizer quanto recebeu de prémio, por ser altamente produtivo? Então têm que ser os jornalistas a contar-lhe as notas? Olha que aquilo dá trabalho. Cinquenta e cinco mil euros em notas de cinco ou de dez, chegam e sobram para deslocar um pulso, por mais robusto que seja. Só espero que ele não falhe na contagem de outras coisas. Quantas vacas terá a Companhia das Lezírias, por exemplo? Três, sabemos nós que existem. A vaca que ele tem por receber tanta massa, a vaca do primeiro vogal e a vaca do segundo vogal. Uma manada de 145 mil euros, é uma senhora manada. E as outras vacas? Nestas coisas há mais quem também tenha vaca. Não tão charolesa como a dos 55 mil euros mas ainda assim, vaca. Eu também produzo e o Estado em vez de me dar prémios de produção saca-me dinheiro. É por isso que posso afirmar que não tenho vaca nenhuma. Gostei de ver o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, António Branco, ir de Lisboa a Abrantes para defender o conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Foi ele e o Governador-Civil de Santarém, Paulo Fonseca. Um chamou cobardes aos trabalhadores que, debaixo de anonimato, fizeram circular acusações de má gestão. O outro preferiu a expressão terroristas boateiros. Ah valentes!!! Assim é que é falar. Ali, de peito feito para as balas…quer dizer…para os terroristas...boateiros. Logo a seguir o António Branco demitiu-se. Foi o seu último acto público. Uma despedida gloriosa. Um exemplo a seguir por todos os que ocupam cargos públicos. Uma catanada na oposição e zás…uma demissão sem explicações. Só de imaginar a minha alma rejubila. Eu ofereço-me já para levar a primeira cacetada. Não me importo ser martirizado. Chamem-me boateiro, terrorista, covarde. Chamem –me o que quiserem mas demitam-se. Era tão lindo, não era??!!!!Aquele senhor da Barrosa, em Benavente, a quem o presidente da Junta ofereceu um bolo com um grande par de mamas no dia do 100º aniversário é que devia estar capaz de atirar com um mamilo cheio de chantilly à cara do autarca. Aquilo não se faz. Pior só mesmo aquele Deus que oferece nozes a quem não tem dentes. Eu, por mim. Deixo já um aviso ao meu presidente da Junta de Freguesia. Se ele quer oferecer-me um par de mamas que o faça já. Não espere pelos meus cem anos. Nessa altura é deitar dinheiro à rua. Cumprimentos frescos Manuel Serra d’Aire

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