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A estudante que começou a trabalhar aos 14 anos

Ana Lúcia, nome de maquenim. Ana Matos, o nome da menina que aos 14 anos começou a trabalhar numa loja de roupa em Sintra para ajudar a família. É filha de pais separados e chegou a viver com avô, uma das duas grandes referências. Quando a perdeu teve que aprender a crescer mais depressa. Hoje tem 24 e vive num condomínio fechado em Alverca. Às portas de Lisboa. É um pequeno paraíso escondido no bulício da cidade decorado com varandas amplas, corredores de relva e um velho poço.A manequim da Elite Models passa os dias em Lisboa. Só regressa a Alverca para dormir, mas sempre que pode leva a bicicleta e o top rosa choque e vai percorrer as ruas da cidade até Calhandriz. Sabe que é uma mulher que está à frente dos destinos do concelho. Não conhece o presidente da junta, mas se o encontrasse na rua pedia-lhe mais ecopontos. “Toda a gente diz que devemos reciclar, mas depois não vejo ecopontos. E no supermercado os baldes que servem para separar são os mais caros. É um contra-senso”.Passa as tardes em Alcântara, num show room, onde experimenta roupas e desfila para clientes. Homens e mulheres. É incapaz de ficar sentada à espera que aparecem os clientes. Costuma ajudar os vendedores da empresa e é por isso que tem uma porta aberta assim que se fechar a oportunidade de continuar a trabalhar como modelo. Por volta da meia-noite parte para o segundo emprego: a TVI. É apresentadora do concurso “Sempre a Somar” e passa uma hora e meia em directo a dar prémios aos telespectadores que ligam para o programa. Regressa a casa de madrugada quando muitas pessoas em Alverca começam a preparar-se para sair.Está prestes a terminar um curso de técnica de comunicação, mas dá prioridade a formações esporádicas para se enriquecer. Costuma frequentar cursos de colocação de voz porque “nunca é demais aprender”.O bronzeado é natural e Ana Lúcia é a única portuguesa que vai escurecer o cabelo, com banhos de bege, ao cabeleireiro do costume nas Amoreiras, em Lisboa. Detesta o conceito de ginásio. Corre na praia, anda de bicicleta e não faz qualquer esforço para emagrecer. Já é reconhecida no restaurante “take away” do bairro onde vai buscar comida pronta nos dias de trabalho mais intenso. Mas sempre que pode adora cozinhar. Fazer jantares para o namorado e para os amigos e recebê-los em casa com bacalhau com natas. “Adoro comida tradicional portuguesa. Adoro feijoada e cozidos, a tábua de queijos”, confessa. O metabolismo acelerado é o segredo de tamanha elegância.

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