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“As mulheres têm que educar os homens”

Sente-se refém das medidas impostas às modelos?Nunca achei bonito o estereótipo de mulher escanzelada. Sempre fui muito magra e tomava estimulantes para engordar. Gosto de formas. Felizmente o paradigma de mulher magra está ultrapassado e quem está abaixo de determinados limites fica de fora no mundo da moda. Tinha amigas que viam as calorias das batatas fritas e faziam as contas sobre aquilo que comiam. Faz-me uma certa confusão. Ainda faz sentido a luta das mulheres ou podemos falar em igualdade?Finge-se que existe igualdade, mas no fundo não passa de uma farsa. Entre quatro paredes não é bem assim. As pessoas gostam de aparentar que há igualdade – e hoje em dia está muito melhor que há uns tempos – mas há certas pessoas que não conseguem adaptar-se à realidade dos dias de hoje. Na teoria é tudo muito bonito, mas na prática falha um pouco. Claro que há muitos homens que fazem coisas em casa e cozinham. Mas conheço pessoas mais velhas que ainda chegam a casa e se sentam à espera que chamem para o jantar. O típico português aceitaria ter uma namorada bonita, modelo, independente e que ainda por cima trabalha num programa feito durante a noite?É verdade… Acho que também tem a ver com as mulheres. Elas também têm que educar. Muitas vezes as mulheres querem tanto agradar aos homens que provocam isto. Querem preparar o jantar porque ele é um desastre, mas deixem-nos aprender! É um pouco culpa da mulher que se esquece de dar liberdade ao homem. E há que educar. Essa mensagem nunca foi passada e a culpa é das mães. E depois os homens pensam sempre que casam e têm outra mãe. Não há profissões para homens e para mulheres. Cada um tem a sua personalidade. Se a pessoa tiver capacidades não interessa se é homem ou mulher. É filha de pais separados. O divórcio está demasiado instalado?Quando as pessoas não se dão bem é melhor que se separem. Vale mais assim que juntas e mal. Tive uma infância que não foi fácil, podia ter sido melhor, mas fez-me tornar na pessoa que sou. Tenho 24 anos, mas a minha mentalidade e a minha maneira de estar na vida já é diferente da maioria das pessoas da minha idade. Os meus amigos são mais velhos. Ao longo da vida sempre batalhei e nunca desisti. Sei que a vida é uma passagem. É esse o meu espírito do dia a dia. Por isso é que agarro todos os momentos. Continuo a manter as ligações com as pessoas com quem trabalho. Caras bonitas há muitas, mas há outras coisas que contam. O ser prestável e estar pronta, por exemplo.

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