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Investimento e emprego aumentaram mas consumo privado desacelerou

Investimento e emprego aumentaram mas consumo privado desacelerou

Instituto Nacional de Estatísticas divulga contas relativas ao segundo trimestre de 2008
O investimento aumentou 4 por cento e o emprego cresceu 1,2 por cento, enquanto o consumo privado registou uma desaceleração no segundo trimestre de 2008, de acordo com as Contas Trimestrais divulgadas segunda-feira pelo INE. Os dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que no segundo trimestre deste ano, o investimento registou "uma pequena aceleração em termos homólogos, passando de 3,8 por cento, no primeiro trimestre deste ano, para 4 por cento no trimestre seguinte"."Este crescimento traduziu-se num contributo para o crescimento homólogo do PIB de 0,9 pontos percentuais (igual ao trimestre anterior)", refere o INE, salientando, contudo, que o total da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registou "uma desaceleração", ao aumentar 2,1 por cento no segundo trimestre, contra 3,3 no anterior.O INE revela, por outro lado, que o emprego total para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido de sazonalidade, "acelerou novamente", crescendo 1,2 por cento entre Abril e Junho, depois de ter subido 0,9 por cento no primeiro trimestre. O emprego por conta de outrém "acelerou de forma mais expressiva", passando de uma variação de 0,6 por cento para 1,5 por cento no período em análise.Já as despesas de consumo final das famílias registaram uma desaceleração de um ponto percentual em termos reais. Depois de ter crescido 2,1 por cento no primeiro trimestre deste ano, este indicador aumentou 1,1 por cento no trimestre seguinte."Este comportamento foi determinado pela componente de bens duradouros (automóveis e outros), que registou uma diminuição em termos homólogos (-6,1 por cento) no segundo trimestre de 2008", explica o INE, salientando que no trimestre anterior, a variação homóloga desta componente tinha sido de 3,5 por cento.O INE salienta que este resultado "poderá estar influenciado" pela redução, em Julho, da taxa normal de IVA de 21 para 20 por cento, a qual "poderá ter conduzido ao adiamento da aquisição deste tipo de bens". A procura interna registou um aumento de 1,5 por cento no segundo trimestre deste ano (no primeiro tinha crescido 2,1 por cento), o que, segundo o INE, "se traduziu numa diminuição do seu contributo para o crescimento do PIB".As Contas Trimestrais revelam ainda que as exportações de bens e serviços "continuaram em desaceleração", ao registarem uma variação homóloga em volume de 1,5 por cento no segundo trimestre, depois de terem crescido 3,9 por cento no primeiro."Esta desaceleração foi comum às componentes de bens e serviços", acrescenta o INE.As importações de bens e serviços "também abrandaram", ao atingirem um crescimento de 3,3 por cento no segundo trimestre, menos três pontos percentuais que no primeiro. Estes dados explicam assim o facto do Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido, em termos homólogos, 0,7 por cento no segundo trimestre deste ano, e 0,3 por cento face ao trimestre anterior.Se em termos homólogos o crescimento da economia portuguesa ficou abaixo da registada na Zona Euro - que no segundo trimestre deste ano cresceu 1,4 por cento - em cadeia, Portugal registou uma melhor performance uma que vez a Zona Euro registou uma descida de 0,2 por cento no segundo trimestre face ao anterior, a primeira quebra desde que foi criada a União Económica e Monetária em 1999.Os dados diferem ligeiramente da estimativa rápida divulgada a 14 de Agosto. As taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB foram revistas em baixa 0,2 e 0,1 pontos percentuais respectivamente. "Esta revisão foi determinada sobretudo pela informação mais recente sobre o comércio internacional entretanto disponível", justifica o INE.
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