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Palácio Frederico Arouca está pronto e desactivado há quase um ano

Palácio Frederico Arouca está pronto e desactivado há quase um ano

Imóvel vai acolher centro de dia e espaço cultural em Alcoentre

Câmara de Azambuja quer inaugurar os dois equipamentos em Outubro. A população de Alcoentre lamenta o atraso, mas aplaude a recuperação de um edifício histórico para ser colocado ao serviço da comunidade.

O presidente da Câmara Municipal de Azambuja quer inaugurar o Centro de Dia e o Centro Cultural de Alcoentre no mesmo acto e garante os dois espaços instalados no Palácio Frederico Arouca serão colocados ao serviço das pessoas em Outubro. Joaquim Ramos (PS) considera que haveria condições para colocar o espaço cultural a funcionar mais cedo, mas não se justifica fazer duas inaugurações. “Não gosto muito de cortar fitas”, ironizou o autarca. A entrada em funcionamento do centro de dia está dependente duma autorização da Segurança Social que deve chegar nos próximos dias. A valência vai ser dirigida pelo Centro Social e Paroquial de Alcoentre e, segundo a câmara, vai ter uma capacidade para acolher 30 a 40 idosos.A população de Alcoentre não entende como é que uma obra concluída há cerca de um ano continua por inaugurar. “Faz falta uma casa para os velhinhos e um sítio para as pessoas de todas as idades se entreterem”, adianta Matilde Francisco. A sexagenária fica um pouco triste quando se apercebe que o centro de dia só vai funcionar até às 17h00, depois os idosos terão de regressar às suas casas. “É uma pena não poderem dormir aqui”, adianta. O Centro Social e Paroquial oferece apoio domiciliário aos idosos da freguesia com fornecimento de alimentação e cuidados de higiene e saúde, mas a população é envelhecida e um lar residencial revela-se prioritário. A instituição recebeu o piso superior do antigo palácio no regime de cedência por um período de 15 anos renovável. No piso inferior ficará o espaço cultural que está a ser equipado pela câmara que assegura também o pessoal, que está a contratar, e toda a manutenção do centro dedicado à cultura. O espaço vai acolher as valências da biblioteca, que funciona temporariamente no edifício dos bombeiros. Vai ter espaços de leitura, ludoteca, centro de recursos, posto Internet e zonas de dinamização de iniciativas dirigidas à comunidade local. A recuperação do antigo palácio, que estava bastante degradado, custou mais de 650 mil euros. O edifício que perpetua o nome do conselheiro e embaixador Francisco Arouca mantém a fachada original com as colunas e as escadas em pedras de elevado valor histórico. Os materiais utilizados na recuperação são modernos, de qualidade, mas sóbrios para não chocar com a carga histórica do palácio.“É um edifício bonito e parece-me bem recuperado. Gostava que já estivesse a funcionar porque faz falta para Alcoentre”, refere Marta Silva, estudante que vive na vila. A jovem considera que a freguesia tem carências no apoio à terceira idade e lamenta que a oferta para a juventude seja escassa. “Para nos divertirmos temos de sair da terra e os pais não gostam”, conclui.
Palácio Frederico Arouca está pronto e desactivado há quase um ano

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