Chama-se “Rações Zêzere”, está sedeada em Gravulha, Águas Belas, no concelho de Ferreira do Zêzere e conquistou o Galardão Empresa do Ano. No mercado há 27 anos, fabrica rações e cereais para coelhos, pintos, frangos, galinhas, patos, perús, avestruzes, suínos, bovinos, ovinos, caprinos e cavalos. Para Jorge Fernandes, 55 anos, presidente do conselho de administração, o crescimento da empresa no mercado português resulta de uma combinação-chave que passa por dois vectores: o recurso à tecnologia inovadora e a corrente satisfação dos funcionários. O empresário não poupa, por isso, elogios à sua equipa de colaboradores e aponta que com o recurso à tecnologia avançada é possível produzir mais com menos recursos e, deste modo, colocar no mercado produtos a preços competitivos. Em 2008 prevê-se que o volume de negócios ultrapasse os 30 milhões de euros, contra os 21 milhões alcançados em 2007, o que significa um crescimento na ordem dos 40%. Actualmente a empresa assegura 30 postos de trabalho. A “Rações Zêzere” faz parte de um grupo que inclui diversas empresas ligadas ao ramo agro-alimentar como a Sicarze, Zêzerovo, Uniovo, Agropefe e Agrozel e outras ligadas ao ramo imobiliário como a Conzel, Tomargest, Globalfer e Zarty´s. Tem negócios na área da distribuição alimentar em Angola e na área da construção civil no Brasil e também em Angola. Jorge Fernandes confessa que, por estar ligado a actividades em outras empresas do grupo, não passa muito tempo por aqui, concedendo total autonomia aos seus colaboradores, alguns dos quais na empresa desde a sua fundação. Habituado a trabalhar desde muito novo, o empresário, natural de Ferreira do Zêzere, conserva a humildade como sua principal característica. Trocou, por essa razão, muito cedo a escola dos bancos pela escola da vida. Não se arrepende do percurso que fez e é com orgulho que afirma que, diariamente, são descarregados, por 16 semi-reboques, cerca de 500 toneladas de rações na fábrica. Tudo começou há cerca de 40 anos quando Jorge Fernandes, juntamente com o pai e mais quatro primos, iniciaram a produção e comercialização de aves e suínos em Ferreira do Zêzere. O negócio cresceu e com ele a ideia de criar uma empresa de rações para garantir uma melhor relação qualidade/preço nos alimentos para os seus animais. Deste modo, inicialmente, foi fundada apenas com a finalidade de servir as restantes empresas criadas pelo mesmo núcleo familiar. Mas, desde há três anos anos a esta parte que a administração decidiu dotar a empresa dos mais avançados meios tecnológicos e preparou-se de pedra e cal para abrir as suas portas ao mercado. Atitude que alargou substancialmente o seu leque de clientes, conseguindo alcançar um crescimento de vendas com o mesmo número de funcionários. Nas “Rações Zêzere”, a chegada de avançados meios tecnológicos não foi sinónimo de despedimentos mas sim de redistribuição de tarefas, contribuindo para uma maior motivação profissional entre os recursos humanos. A produção dos diversos tipos de rações para animais está a ser assegura, actualmente, por um avançado sistema de robots industriais, máquinas que executam tarefas anteriormente desempenhadas por seis ou sete pessoas. “Só nos abrimos ao mercado quando achámos que estávamos melhor preparados que os outros uma vez que, nos tempos que correm, ou estamos a par das novas tecnologias ou somos absorvidos”, afiança Jorge Fernandes. O novo método de trabalho, diminuiu os custo de produção e aumentou os indíce de produtividade. Entre os clientes, com maior preponderância na região centro e norte do país, contam-se as grandes superfícies comerciais e pequenas e médias empresas de venda e comercialização de cereais e rações. As embalagens coloridas pretendem dar mais notoriedade aos produtos fabricados.A qualidade sempre foi política assente nesta empresa. Por isso, a Rações Zêzere dispõe de dois laboratórios, um de química e outro de microbiologia, dotados com a mais avançada tecnologia e onde são garantidos todos os ensaios necessários, quer às matérias primas, quer aos produtos acabados. As instalações ocupam uma extensão de 17 mil m2 mas a tendência será para ampliar as infra-estruturas a cada ano que passa. O objectivo é continuar a crescer de forma a concretizar uma maior aproximação junto das maiores empresas do sector a nível nacional. Passos dados de forma discreta mas sempre na direcção correcta.