Rui Salvador
43 anos, cavaleiro tauromáquico
Nasceu em Lisboa a 1 de Janeiro de 1965 mas desde cedo se habituou a caminhar para os arredores de Tomar, na Quinta do Falcão, onde os pais tinham uma quinta de produção animal. A paixão pelos cavalos, herdada da família, suscita nele o desejo de ser cavaleiro tauromáquico, actividade que concilia com a arquitectura. É casado e tem dois filhos, de 14 e 11 anos. O mais velho pode estrear-se a tourear no ano que vem.
Sou o último afilhado do José Mestre Baptista. Fui amador até 1981. A 19 de Abril tirei a prova de praticante na Praça de Touros em Tomar e a 9 de Agosto de 1984 tirei a alternativa no Campo Pequeno e reconfirmei-a em Tomar. Adoro esta cidade embora tenha nascido em Lisboa. Recordo-me bastante bem da minha alternativa. É o chegar a um momento com o qual sonhamos muitas noites e muitos dias. Porque há alturas em que também sonhamos acordados. Tinha 18 anos. Nunca toureei em locais onde se matam os touros. Foi uma opção que fiz. Desde muito cedo recusei idas a Espanha ou à América latina. Por ano faço 80 mil quilómetros em viagens e deslocações. Mas não tenho noção do número de viagens que faço anualmente. A primeira recordação que tenho é de uma égua preta chamada Espanhola. Aqui em casa aprendemos todos a montar com ela. Era grande, muito mansinha mas com muita energia. Era o nosso passatempo ao fim-de-semana. Eu e a minha irmã estudávamos em Lisboa e vínhamos para a quinta sempre ao fim-de-semana. Crescemos aqui. Mais tarde, devido a conhecimentos no meio taurino, comecei também a desenvolver uma paixão intensa pelo touro. Sou aquele tipo de pessoa que não consegue estar parada. Para além de ser cavaleiro tauromáquico, sou arquitecto, agricultor e organizo eventos na quinta. Tirei o curso de arquitectura e exerço num atelier de uma firma de construção da família. Apesar de, nos tempos que correm, a construção não andar bem em Portugal. O meu filho anda a querer ser toureiro. Para o ano talvez haja uma surpresa. A minha família está em Lisboa e os cavalos em Tomar. Sou casado e tenho dois filhos, um rapaz de 14 e uma menina de 11 anos. Não me sobra muito tempo para hobbies. Gosto de caçar mas tenho vindo a deixar aos poucos, por manifesta falta de tempo. Também adorava futebol e ténis mas deixei de praticar desporto com regularidade. Tento passar o tempo livre que tenho com os meus filhos O cavalo é um animal de uma nobreza imensa. Só passando uma vida inteira com um cavalo é que nos apercebemos quanto apaixonante é. Penso que é um animal cheio de graciosidade e com um nobreza impressionante. Todas as pessoas que vêm à quinta vão às cavalariças e adoram fazer festinhas ao cavalo. O que um cavalo normalmente faz “por maldade” é para se defender. É o instinto natural de defesa. Já tive sustos e tenho muitas marcas na pele.
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