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Cartaxo e Santarém no top 20 dos municípios piores pagadores

Cartaxo e Santarém no top 20 dos municípios piores pagadores

Lista oficial revela que demoram, em média, mais de um ano a honrar compromissos

Os presidentes das duas autarquias deixam a garantia aos credores que até final do mandato a situação vai alterar-se substancialmente.

Os municípios do Cartaxo e de Santarém aumentaram substancialmente o prazo médio de pagamento a fornecedores entre o final de 2007 e 30 de Junho de 2008. Segundo dados oficiais da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), a Câmara do Cartaxo passou de um prazo médio de pagamento de 358 dias para 529 dias, estando no décimo lugar a nível nacional entre as autarquias que mais tempos levam a honrar os seus compromissos. Santarém, que no final de 2007 era o município da região que demorava mais tempo a pagar, passou dos 364 dias para os 425 dias. Está agora em 19º lugar da tabela nacional das autarquias com prazo médio de pagamento superior a 90 dias, numa lista que engloba 150 câmaras, um pouco menos de metade do total nacional.No top 50 aparecem ainda as câmaras do Sardoal em 36º (passou de 286 para 307 dias) e de Ourém (de 250 para 288 dias). Torres Novas, em 51º lugar, aumentou o prazo médio de pagamento de 208 para 244 dias. Ainda acima dos 200 dias aparecem os municípios de Tomar (242), Golegã (214), Chamusca (211) e Azambuja (210). Refira-se no entanto que Golegã e Chamusca mesmo assim baixaram o prazo de pagamento, em 60 dias a primeira e em 11 dias a segunda. Na mesma lista aparecem ainda os municípios de Alpiarça (191 dias), Alcanena (187), Vila Nova da Barquinha (107 e Mação (96 dias).O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), diz que 85 por cento da dívida da autarquia respeita a obra feita (muita dela comparticipada por fundos comunitários) e assume o compromisso de até final do mandato colocar o Cartaxo no grupo dos dez municípios melhores pagadores do país. “Serão eliminados os tempos de espera e o pagamento será efectuado a pronto”, refere a O MIRANTE.“A dívida da autarquia tem por base obra realizada em equipamentos estratégicos para o desenvolvimento do concelho”, diz o autarca. Paulo Caldas assume a dívida existente, mas alega que a mesma podia ter sido evitada caso o Governo tivesse permitido a autarquia recorrer ao crédito bancário de médio e longo prazo. “O Cartaxo tem capacidade de endividamento, mas a administração central, desde 2002, violando a lei das finanças locais, não permitiu ao município usar essa capacidade”, afirma.Já o presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), diz que a posição da autarquia no ranking dos piores pagadores “é uma situação temporária” e que a lista reflecte “um momento estatístico de menor felicidade”. Admitindo que o município tem “alguns pagamentos mais atrasados do que é costume”, o autarca acredita que até final do ano ou início do próximo a situação vai melhorar substancialmente. “Temos as contas equilibradas e estamos a proceder a acordos de pagamento, pelo que em breve sairemos do top dos piores pagadores, como já saímos do top dos municípios com excesso de endividamento”, diz Moita Flores, acrescentando: “Mas também é verdade, sem querer fazer um discurso virado para o passado, que a situação criada não se resolvia com dois passes de mágica”.
Cartaxo e Santarém no top 20 dos municípios piores pagadores

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