Aprovado licenciamento para Central Termoeléctrica a Biomassa Florestal em Constância
O projecto nas instalações da Celulose do Caima deve estar em funcionamento em Agosto de 2009
O equipamento representa um investimento de 34 milhões de euros
A Câmara Municipal de Constância aprovou na semana passada o licenciamento de uma Central Termoeléctrica a Biomassa Florestal nas instalações da Companhia de Celulose do Caima, em Constância Sul. Um investimento de 34 milhões de euros, com entrada em exploração comercial prevista para Agosto de 2009.A central, que terá uma potência instalada de 14,7 MVA, injectando na rede eléctrica nacional 80 GWh de energia por ano (equivalente ao consumo de uma cidade média como Leiria), é um projecto da EDP Produção Bioeléctrica, empresa detida pelos grupos EDP e Caima.De acordo com o projecto aprovado pela autarquia, a central consumirá anualmente 160.000 toneladas de biomassa, existindo na sua área de influência "uma quantidade regular de biomassa de origem agro-industrial, equivalente a cerca de 15 por cento das suas necessidades". A empresa lembra que o Grupo Altri, no qual a Caima se insere, "possui cerca de 30 por cento da área total de floresta na zona de influência da central".O projecto realça que, ao valorizar os resíduos florestais, a central contribuirá para a redução do risco de incêndios florestais e que as 160.000 toneladas de biomassa consumidas por ano "representam cerca de 4 milhões de euros canalizados para as empresas do sector silvícola e florestal da região".Aponta ainda como impactos positivos, a promoção da criação de postos de trabalho indirectos na área florestal e o contributo para a diminuição de emissões de CO2 "em cerca de 60.000 toneladas por ano".Presidente da câmara reforça exigência de nova ponteO presidente da Câmara de Constância considera que este investimento reforça a necessidade de se construir uma nova travessia sobre o Tejo na zona. Apesar de ter sido recentemente anunciado pelo primeiro-ministro a requalificação da actual ponte, a par da construção de uma nova ponte na zona de Tramagal (Abrantes), António Mendes (CDU) não ficou totalmente satisfeito. “Continuo a dizer que o processo foi invertido. Primeiro devia ser construída a nova ponte e depois é que deviam requalificar a actual. Mas uma nova ponte nesta zona terá inevitavelmente de ser construída”, afirma António Mendes lembrando que a nova Central de Biomassa vai consumir cerca de 400 toneladas de matéria-prima florestal por dia que tem de chegar por comboio ou por estrada. “E é evidente que as infraestruturas que temos no concelho não dão resposta a isso”, conclui.
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