Presidente do INAG considera positivo que não se construa barragem do Almourol
O Estado vai encaixar 624 milhões de euros com a adjudicação da concessão de oito barragens do Programa Nacional de Barragens à EDP, Iberdrola e Endesa, afirmou o presidente do Instituto da Água (INAG). Excluída fica a construção das barragens de Almourol e Pinhosão que não receberam qualquer proposta no concurso lançado pelo Governo. O presidente do Instituto da Água, Orlando Borges, considera que dadas as “fortíssimas restrições” colocadas à construção das barragens de Almourol (no Tejo entre Constância e Abrantes) e Pinhosão, vê como “positiva” a sua não construção.O investimento total nas oito barragens será de cerca de 3.000 milhões de euros e o aumento da produção hídrica, que estava previsto ser de 1.100 megawatts (MW) para as 10 barragens programadas, será “ultrapassado”, afirmou Orlando Borges. “Os objectivos que tínhamos com dez barragens [em termos de encaixe financeiro e de produção hídrica], vamos conseguir atingi-los com oito”, afirmou.Os contratos de concessão com a EDP - que ganhou o concurso para Fridão, Alvito e Foz Tua - com a Endesa - que ganhou Girabolhos - e com a Iberdrola - que ganhou Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões - serão assinados dentro de um mês, acrescentou. A atribuição dos contratos de concessão às três empresas será feita por decreto-lei, precisou Orlando Borges. O responsável salientou que os concursos não tiveram “uma única contestação, o que demonstra a sua transparência e rigor”. O Governo lançou o ano passado um programa nacional para a construção de 10 barragens, prevendo um investimento total entre os 1.000 e os 2.000 milhões de euros e um aumento da capacidade de produção hídrica do país em 1.100 megawatts (MW), de modo a ultrapassar os 7.000 MW de potência instalada até 2020.
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