O XIII Congresso Distrital de Santarém do Partido Socialista, que decorre sábado ao longo do dia no Cine-Teatro de Alcanena, vai servir para aclamar o novo líder distrital do partido, Paulo Fonseca, único candidato ao lugar e que foi escolhido pelos militantes nas eleições realizadas a 24 de Outubro. Paulo Fonseca continua a exercer o cargo de governador civil de Santarém e após o congresso de sábado vai colocar a questão ao ministro da Administração Interna, que decidirá se deve ou não acumular as funções no partido e no Governo Civil. Esse cenário já havia motivado críticas contundentes do PSD distrital, que entende que as duas funções não devem ser exercidas em simultâneo, ainda para mais numa altura em que se aproximam actos eleitorais importantes como as autárquicas e as legislativas. E defende a sua exoneração. O PSD considera que o dever de isenção de um governador civil perante todos os municípios choca com os objectivos de Paulo Fonseca, enquanto líder distrital do PS.Objectivos que são claros na moção global de estratégia que Paulo Fonseca apresenta ao congresso socialista. “Assim, queremos consolidar as vitórias de 2005 [Abrantes, Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Coruche, Golegã, Rio Maior, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha] e ir à conquista de Benavente, Chamusca, Constância, Mação, Ferreira do Zêzere, Santarém, Sardoal, Ourém, e, recuperar municípios que até há pouco tempo foram governados pelo PS, como Alcanena, Entroncamento, Salvaterra de Magos e Tomar”. Mais ambição e mais clareza é impossível.Na mesma moção, Paulo Fonseca assume-se defensor da regionalização e de uma futura região do Vale do Tejo e Oeste. “Portanto, a Federação Distrital de Santarém desenvolverá contactos com a Federação do Oeste, com a FAUL e com a Federação de Leiria no sentido de, oportunamente, desencadearmos este relevante debate para o nosso futuro”, afirma.