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Autarcas já não se surpreendem por serem esquecidos pelo PIDDAC

Autarcas já não se surpreendem por serem esquecidos pelo PIDDAC

Municípios como os de Constância e Mação passam mais um ano sem previsão de investimento público

Há obras feitas pelo Governo que não surgem descriminadas no PIDDAC, o que atenua o desalento e alimenta a esperança de que alguns projectos há muito aguardados possam avançar em 2009.

Alguns presidentes de câmara da região não ficaram surpreendidos por não verem os seus concelhos contemplados no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para 2009. O autarca de Constância, António Mendes (CDU), diz que já está habituado. “Este Governo, como aliás outros, já nos habituou a premiar-nos com essa bondade”, comenta, dizendo que isso não o desmotiva.Apesar da crítica, António Mendes reconhece que há obras feitas pelo Governo que não surgem descriminadas no PIDDAC, pelo que a sua leitura deve ter isso em conta. “Os grandes problemas ao desenvolvimento do concelho resultam de acções que a administração central não faz. Se o Governo tiver vontade e se determinadas forças políticas e personalidades da região tiverem determinação algumas coisas podem ser feitas em Constância”. Como exemplos aponta o centro de dia em Montalvo, do lar de idosos em Santa Margarida ou o açude no rio Zêzere. Embora neste último caso admita que possa haver boas notícias em breve.O concelho de Mação também vai para o quarto ano consecutivo sem verbas inscritas no PIDDAC. O presidente da câmara, Saldanha Rocha (PSD), considera “lamentável que se continue a desinvestir no interior” e diz que os nossos governantes têm de mudar de mentalidade. “Este é o quarto ano consecutivo de PIDDAC zero, em que não há qualquer investimento público em Mação. Não é fácil, não tendo apoios, fazer alguma coisa pelo interior. Resta-nos a imaginação e o facto de haver empresários que se vão instalando no concelho”.Como exemplo de um projecto há muito a aguardar financiamento dá o da ambicionada variante a Envendos, que “há cinco anos está em lista de espera com projecto aprovado”. Uma via considerada essencial para a população e unidades industriais da zona. “Não há um governante que olhe para isto com rigor?”, questiona Saldanha Rocha.Mais a sul, Benavente é outro dos municípios que fica de fora do PIDDAC para 2009. As opções do Governo não surpreendem o presidente da câmara. “Num ano de recessão, não tinha a expectativa de ver contempladas algumas das obras que há muito ansiamos”, referiu. António Ganhão (CDU) lamenta que não haja dotação para construir a variante de Benavente, prometida pelo governo há 10 anos e que considera uma obra fundamental para a região porque mais de 15 mil viaturas atravessam diariamente a vila. Já quanto à variante a Samora Correia, o edil tem a esperança de ver aprovada uma candidatura ao QREN através do Plano Operacional Regional.Sem apoio do PIDAC ficam também as intervenções prometidas pelo Instituto da Água (INAG) na Vala Nova, em Benavente e nos rios Sorraia e Almansor, em Benavente e Samora Correia. As obras do novo quartel dos bombeiros de Samora Correia e a ampliação da Escola Secundária de Benavente não foram incluídas no PIDDAC, mas têm financiamento garantido através dos orçamentos dos ministérios da Administração Interna e Educação e devem avançar ainda este ano.O presidente da Câmara de Almeirim, José Sousa Gomes (PS), também não fica surpreendido nem preocupado com a ausência de verbas no PIDDAC para o seu concelho. “O PIDDAC é um ponto de partida mas não inclui todos os pontos de chegada”, diz o autarca reforçando que há investimentos públicos que vêm através de outros programas. “Daí esperar que haja investimento público no concelho de Almeirim em 2009, como a construção do estabelecimento prisional e do IC3”, comentou.
Autarcas já não se surpreendem por serem esquecidos pelo PIDDAC

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