uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Paulo Fonseca não sai do Governo Civil de Santarém

Acumula as funções com a liderança do PS distrital até perto do início da campanha para as eleições legislativas

Ministro da Administração Interna considerou que não há qualquer inconveniente. PSD está contra e há vozes no próprio PS que também não concordam.

O recém-eleito presidente da federação distrital de Santarém do PS vai manter-se como governador civil, apesar de ter colocado a hipótese de sair do cargo devido às novas funções políticas. Paulo Fonseca disse a O MIRANTE que colocou a questão da acumulação dos cargos ao ministro da Administração Interna e que Rui Pereira lhe comunicou não ver qualquer inconveniente.Paulo Fonseca garante no entanto que vai sair do cargo de governador civil “um ou dois meses” antes do início da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 2009, cuja data ainda não está definida mas que devem ocorrer depois de Setembro. O governador justifica a situação com o facto de como presidente da distrital socialista ter que participar em acções de campanha. O PSD distrital já tinha vindo criticar a possibilidade de Paulo Fonseca, eleito presidente da distrital do PS no dia 24 de Outubro, acumular os dois cargos. Os sociais-democratas entendem que as duas funções não devem ser exercidas em simultâneo, sobretudo numa altura em que se aproximam as eleições autárquicas e legislativas. O PSD entende que o dever de isenção de um governador civil choca com os objectivos de Paulo Fonseca, enquanto líder dos socialistas do distrito.Já nesta edição, em entrevista a O MIRANTE, Pedro Pimenta Braz, militante socialista em Santarém onde foi dirigente, vereador e líder da bancada do PS na assembleia municipal, manifesta-se contra essa acumulação de funções. “Não deveria acumular cargos, porque não estando nada na lei acho que eticamente não se justifica. E pode levar ao próprio enfraquecimento da missão dele quer como governador civil quer como líder distrital do PS”, afirma. Recorde-se que em 2005 Paulo Fonseca suspendeu o mandato de presidente Federação Distrital do Partido Socialista, por indicação do então ministro, para tomar posse como governador civil. Na altura, em declarações a O MIRANTE, Paulo Fonseca disse que a decisão não se baseou em imperativos legais mas numa questão pessoal e de ética. “Não faz sentido um governador civil andar a fazer campanha por um partido”, referiu, acrescentando que enquanto exercesse o cargo para o qual foi nomeado pelo Governo não daria a cara pelo PS.Na segunda-feira, dia 17, decorreu a primeira reunião da comissão política distrital, tendo sido eleita para presidente da mesa Idália Moniz, que já foi vereadora da Câmara de Santarém e actualmente desempenha as funções de secretária de Estado adjunta e da Reabilitação.

Mais Notícias

    A carregar...