Os concorrentes à privatização da ANA e construção do Novo Aeroporto de Lisboa poderão fazer propostas de alteração ao plano director referência da infra-estrutura, disse o presidente-executivo da NAER, empresa responsável pelo projecto. "Os concorrentes ao processo de privatização [da ANA - Aeroportos de Portugal] vão poder fazer propostas de alteração do plano director de referência que está a ser elaborado pela NAER", afirmou Carlos Madeira, durante a conferência "TGV e Novo Aeroporto de Lisboa", que decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL). "Vamos dar-lhes a oportunidade de fazerem ajustes que se acomodem à sua forma de trabalhar", acrescentou.Mostrando-se convicto de que os concorrentes irão utilizar o plano director de referência elaborado pela empresa responsável pelo projecto do novo aeroporto de Lisboa, Carlos Madeira sublinhou a importância de fazer um "bom trabalho" para não haver necessidade de fazer alterações.De acordo com o último plano director de referência, apresentado publicamente em Outubro, o novo aeroporto, que será construído no Campo de Tiro de Alcochete, terá de início duas pistas paralelas, com quatro quilómetros cada, no meio das quais será construído o terminal de passageiros. A estrutura terá de início 120 balcões de check-in, 20 postos de controlo de segurança centralizados, outros 20 de controlo de passaportes à partida e 28 à chegada. O novo aeroporto, com abertura prevista para 2017, será servido por uma auto-estrada e pela rede ferroviária convencional e de alta velocidade.O consórcio Astérion, presidido pela Brisa e pela Mota-Engil, foi o primeiro a apresentar-se como candidato à privatização da ANA e construção do novo aeroporto, tendo-se seguido o consórcio liderado pela Teixeira Duarte e pela espanhola Ferrovial. A Abertis, a MacQuarie e a espanhola FFC também já demonstraram interesse no negócio.