Luís Capucha quer aumentar ritmo de certificação de adultos com 9º e 12º
Sociólogo vila-franquense é o presidente da Agência Nacional para a Qualificação
O presidente da Agência Nacional para a Qualificação, Luís Capucha, reconhece que é preciso “acelerar” o ritmo da certificação de adultos para alcançar o objectivo de um milhão de certificados em 2010 no âmbito do Programa Novas Oportunidades. Desde Novembro de 2006 até Novembro de 2008 tem havido uma média de quatro mil adultos certificados por mês. “A este ritmo chegaremos a 2010 com 248.398 certificados”, disse o sociólogo de Vila Franca de Xira no II Encontro Nacional de Centros Novas Oportunidades, na terça-feira, considerando “impensável ficar com esta dinâmica”.Luís Capucha defendeu a necessidade de “crescer” para uma média de 29.900 adultos certificados por mês, o que significa que tem de se “multiplicar por sete” o número de certificados atribuídos para se atingirem as metas traçadas pelo Programa Novas Oportunidades.O objectivo é conseguir que em 2010 metade dos alunos matriculados no ensino secundário, ou seja, mais de 650 mil, estejam a frequentar vias profissionais e que todas as escolas secundárias públicas integrem cursos profissionais.Segundo o responsável, de 2006 para 2007 houve um crescimento de 93 por cento dos certificados. Se este ano o crescimento acontecer ao mesmo ritmo, o número de certificados em 2010 será de 428 mil. “O ritmo tem de ser bastante maior para cerca de 200 por cento ao ano e aí atingiremos os objectivos”, frisou.O presidente da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) considerou que “não é apenas possível” atingir os objectivos do programa, como “é indispensável para o futuro do país e para as pessoas que se estão a inscrever nos Centros Novas Oportunidades”.“O número tem vindo a crescer e nós temos já neste momento cerca de 144 mil pessoas certificadas e esperamos atingir bastante mais de 200 mil no final de 2008”, assegurou.Luís Capucha justificou que, se for tido em conta o número de pessoas que estão inscritas e que estão em processo de formação ou encaminhadas para outras acções, “o número está perfeitamente ao alcance”.“O ritmo de crescimento dos inscritos leva-nos a supor que em 2009 teremos mais de 1,2 milhões de inscritos e desses sairão com certeza um milhão de certificados”, assegurou.Presente na abertura do II Encontro Novas Oportunidades, o primeiro-ministro, José Sócrates, salientou a importância deste programa para melhorar “o nível de igualdade social no país” e para o crescimento económico. “É um programa absolutamente decisivo para a economia e igualdade social e que já criou um grande movimento ao qual temos de responder”, sublinhou. O “movimento social no país” traduz-se em mais de 600 mil portugueses inscritos nos Centros Novas Oportunidades, justificou.Para José Sócrates, “o défice das qualificações é o défice mais sério que o país tem de enfrentar e resolver”, uma vez que há indicadores que referem que apenas cerca de 25 por cento da população adulta em Portugal completou o ensino secundário.O primeiro-ministro enalteceu ainda o “acto de coragem” de todos os portugueses que se inscrevem nas Novas Oportunidades ao reconhecerem que “não sabem o suficiente e que têm de voltar à escola para melhor servir a família, a empresa e o país”.Rodeado dos ministros da Educação e do Trabalho, Luís Capucha salientou, por seu turno, que existem já 450 Centros Novas Oportunidades, com um crescimento acentuado no último ano (190) e que o objectivo é chegar ao meio milhar.
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