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Rui Magalhães

Rui Magalhães

24 anos, Operador Fabril Vila Franca de Xira

“O conceito de família está a perder-se. E creio que a tendência é essa com a taxa de natalidade tão baixa, a vida tão agitada, o trabalho a consumir-nos tanto tempo e os gastos elevadíssimos...”

Os portugueses têm sentido critico?Têm, mas acho que muito pouco. É que foram muitos anos de censura. E quer se queira quer não isso ainda nos está nos genes.Concorda com a avaliação para os professores?Sim, concordo. Somos todos avaliados diariamente e por isso acho que os professores não devem ser excepção. A questão prende-se com os termos e os moldes dessa avaliação, que a meu ver devem ser revistos. Mas acho que se os professores estão nesta luta há tanto tempo é porque alguma coisa deve ser revista. E apoio-os nessa reivindicação.Costuma fazer férias de Inverno?Quando era estudante fazia, mas agora já não tenho tempo. E para além de não ter tempo, não tenho um orçamento que me permita fazer férias nesta altura.E o orçamento para as prendas de Natal vai ser penalizado este ano? O orçamento para as prendas vai manter-se. Não vai ser reduzido. Isto porque ainda vivo com os meus pais e por isso não tenho grandes despesas. Para as prendas o meu orçamento ainda vai dando.Hoje em dia o Natal é uma festa religiosa ou comercial?Acho que é um completo e perfeito negócio. De ritual religioso tem muito pouco. Eu, por exemplo, nunca fui a uma missa do galo, e lá em casa só a minha avó é que tinha por hábito ir. Mas desde que começou a ter problemas de saúde deixou de o fazer. Mesmo assim acho que o Natal continua a ser uma festa de família.Acha que o sentido de família se perde durante o resto do ano?Acho que sim. O conceito de família está a perder-se. E creio que a tendência é essa com a taxa de natalidade tão baixa, a vida tão agitada, o trabalho a consumir-nos tanto tempo e os gastos elevadíssimos...O que pode o Governo fazer para aumentar a taxa de natalidade?Penso que o Governo deveria criar mais subsídios, mais apoio às mães e proporcionar um equilíbrio entre os salários e o custo de vida. Talvez assim as pessoas colocassem a hipótese de ter mais filhos. Costuma ajudar as instituições de caridade nesta altura?Não. Tenho sempre um certo receio sobre para onde levam as coisas e se as dão realmente a quem precisa. Passam-nos muito pouca informação.Acha que há corrupção neste tipo de entidades?Corrupção há em todo o lado. E depois no nosso país transparência é um conceito que ainda está muito longe de ser alcançadoDesejos para 2009?Pessoalmente eu desejo para o próximo ano de 2009 uma mudança radical: de trabalho e de país. Acho que o nosso país não é para jovens. Não lhes dá nenhumas garantias.
Rui Magalhães

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