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31 anos do jornal o Mirante
Pedro Cardoso

Pedro Cardoso

Comerciante, 31 anos, Vialonga

“Vivemos regidos pela norma “cada um por si”. Era possível mudar mas não me parece que haja muita vontade. Os ricos metem ao bolso o que podem e ficam cada vez mais ricos. os pobres cada vez mais pobres. Não dá para haver grande colaboração”.

Pediu desejos na passagem de ano?Não, mas também não é habitual. Ter trabalho é o fundamental para os portugueses e quem o mantiver não vai ter dificuldades. Com os combustíveis e as prestações de crédito à habitação a descer, acho que 2009 vai ser um ano mais ou menos igual a 2008. Estamos em época de saldos. Já foi às compras?Já fui e fiz compras. Não é costume, mas tinha um cartão com dinheiro para gastar numa superfície comercial. Foi numa altura de promoções, poucos dias depois do Natal. Estava um pouco mais barato mas não liguei muito a isso. Se tivesse de abraçar outra carreira qual seria?Os estudos não são muitos, por isso tentaria manter-me na área comercial. Se não houvesse mais nada, ia para as obras. Considera que os portugueses são suficientemente unidos?É impossível. Vivemos regidos pela norma “cada um por si”. Era possível mudar mas não me parece que haja muita vontade. Os ricos metem ao bolso o que podem e ficam cada vez mais ricos. os pobres cada vez mais pobres. Não dá para haver grande colaboração. Concorda com a proibição do tabaco nos estabelecimentos?Em termos de ambiente é melhor e no que respeita ao consumo não fomos afectados. As pessoas fumam na rua. Pode haver uma pessoa beba mais um ou outro café mas achamos que a mudança veio para melhor. Não sou fumador nem ligo muito à questão do fumo do tabaco, mas penso que Portugal é dos países onde a proibição está melhor implementada. Em quase nenhuma pastelaria ou café se pode fumar.Tem o hábito de beber café?Se estiver em casa bebo um café e chega para o dia inteiro. No trabalho, bebo de manhã, para estimular a mente, e vou bebendo como me apetece, mas não sinto necessidade de o fazer por habituação. Considera que a venda de droga devia ser despenalizada?Sim. Acabava-se com o tráfico e o Estado receberia mais dinheiro em impostos. Consumir ou não consumir drogas é uma questão de consciência. Quem quer consome, quem não quer evita.Com o novo presidente dos Estados Unidos o que vai mudar no mundo?Psicologicamente acho que vai ser bom para todos. Na prática as coisas podem melhorar, mas não muito. As guerras param num lado e começam no outro. Os fabricantes de armas precisam de as vender e isto faz parte da sequência natural das coisas. Existem fábricas de armas, trabalhadores que as fabricam e países que as vendem. É impossível acabar com os conflitos e as armas, tal como é impossível acabar com a droga.
Pedro Cardoso

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