Tal como os grandes atletas, a associação “Alverca Volei” quer crescer devagar mas com firmeza. Este clube, fundado apenas há um ano por cerca de 30 alverquenses, dá exclusividade ao voleibol feminino e continua a dar cartas a nível competitivo. Do seu registo contam-se inúmeras vitórias em torneios organizados um pouco por todo o país, com destaque para os duros torneios do Funchal e da Lousã. Para além deles, o clube soma ainda o título de vice-campeão regional (no escalão de iniciadas) e de campeão regional (no escalão de mini-volei). Actualmente o Alverca Volei é responsável pela formação de cerca de 40 atletas, repartidos pelos escalões de iniciadas, infantis e minis. Para já não está nos planos da associação expandir a modalidade ao sexo masculino.“Já existia em Alverca a prática do voleibol (na escola secundária Gago Coutinho) mas faltava uma entidade que congregasse os interesses formativos e competitivos da modalidade. Foi por isso que decidimos criar esta associação, que não tem fins lucrativos nem nenhum dos dirigentes aufere qualquer rendimento. Andamos nisto por amor à camisola. O objectivo é fortalecer a formação e a parte competitiva”, refere a O MIRANTE António Cipriano, presidente da direcção do Alverca Volei.Para já o clube é o principal elo de ligação entre os desportistas e a Federação Portuguesa de Voleibol. “Queremos colocar Alverca no mapa nacional do voleibol feminino. Tecnicamente temos um bom grupo e já conseguimos construir uma boa reputação”, refere António Cipriano. A associação vive, sobretudo, das quotas pagas pelos seus sócios, embora receba pontualmente subsídios da autarquia. Actualmente a sede do clube é na Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, e a pequena sala de reuniões onde se guardam os equipamentos e os troféus foi cedida pela Associação de Pessoal da OGMA. Com o apoio da junta de freguesia de Alverca, o clube terá uma sede ainda em 2009, ano em que traça o seu objectivo mais ambicioso da sua curta história: chegar à final four nacional no escalão de iniciadas e infantis. “Temos excelentes relações de amizade com vários clubes nacionais, como o Vitória de Guimarães. Temos actualmente um formador e vamos colocar outro, porque o número de atletas não pára de crescer. Temos muitas esperanças no futuro competitivo do nosso clube”, afirma o nosso interlocutor. Apesar da curta história de sucesso o futuro não se avizinha favorável. “A probabilidade é que muitas das meninas abandonem o desporto quando se tornarem séniores. E manter uma equipa sénior é muito mais dispendioso, senão impossível, sem um apoio financeiro regular. Isto sem falar na falta de público que o voleibol enfrenta”, lamenta o dirigente.As atletas que desejem juntar-se ao clube têm apenas de visitar um dos vários treinos ao final da tarde que decorrem durante a semana no pavilhão da escola Gago Coutinho. Ainda este ano, entre Junho e Julho, o clube vai realizar a III edição do “AlverCup”, um torneio que contará com a presença de várias equipas nacionais, muitas delas campeãs da modalidade.