Torneio de badminton junta centenas de atletas em Vialonga e Sobralinho
Jovens dos 11 aos 19 anos competiram em três pavilhões desportivos
Golpes rápidos de raquete e um campo de dimensões reduzidas fazem da modalidade um espectáculo visual.
Foram cerca de 300 os atletas que se juntaram no último fim-de-semana no Torneio Nacional de Badminton, realizado nos pavilhões desportivos do Sobralinho, Olival de Fora (Vialonga) e EB2,3 Soeiro Pereira Gomes. A competição, a contar para o ranking dos escalões de sub-11, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-19, decorreu ao longo dos dois dias, com as finais a serem disputadas em Vialonga. O primeiro dia de competição serviu para combinar a divulgação da modalidade com a primeira fase da competição. No pavilhão municipal do Sobralinho, onde jogaram os atletas dos escalões sub-13 e sub-19 os golpes de raquete faziam-se a uma velocidade difícil de acompanhar. “As raquetes são mais pequenas que em modalidades como o ténis, mas o volante é muito mais leve que qualquer bola e é servido a uma velocidade perto dos 300 quilómetros por hora”, explica Luis Cavaco, secretário técnico da Federação Portuguesa de Badminto. Com a mudança das regras de pontuação, os jogos são muito mais rápidos. Os pontos são directos, até aos 21, com uma diferença de dois pontos. Se o desafio continuar empatado, joga-se até ao trigésimo ponto”, acrescenta o responsável. Os jogos sucedem-se sem paragens, entre as 10h30 e as 21h00. O ritmo é o das competições internacionais. “Num torneio podem estar a decorrer até nove jogos em simultâneo”, refere o responsável. Cada atleta, procura chegar aos 16 primeiros lugares do ranking nacional, que se alteram cada torneio, para poder disputar o título nacional. Helena Pestana, de 17 anos, venceu a categoria de senhoras singulares e em pares, com Liliana Sardinha. A atleta madeirense, que lidera o ranking nacional em singulares e pares na sua categoria, explicou a O MIRANTE que “a força e a resistência são mais importantes que a técnica no sector feminino”. A rapidez com que o volante é servido garante a pontuação e a vitória, decidindo os jogos em menos tempo. Em solo madeirense, as duas jovens jogam em clubes diferentes, Grupo Desportivo de Estreito e Associação Desportiva Pontassolense. Na competição nacional de pares, entram em campo quase sem treinos comuns. A nível internacional, Helena competiu no ano de 2007 em torneios na Finlândia e na Bélgica.A proximidade entre atletas faz a diferença João Silva e Frederico Almeida. João pratica a modalidade há sete anos e levou o primo para o badminton da Sociedade Filarmónica Recreio e União Alhosvedrense (SFRUA), a colectividade mais antiga da Moita. “Os meus pais competem no escalão de séniores e eu costumava assistir aos treinos”., explica João Silva. Olhar para os treinos inspirou o jovem a competir. Frederico gosta de jogar a pares e confessa ser nos treinos que são combinadas as estratégias para ganhar os jogos. Jogar badminton é, para os atletas um passatempo que exige concentração, mas ninguém pensa em fazer da modalidade profissão. António Pinto Leite, técnico, do Che-Lagoense comandou uma legião de 26 atletas e é dos poucos antigos atletas que pode dizer que o faz. Antigo jogador do Sporting de Espinho e antigo seleccionador nacional, treina um clube a vários quilómetros da terra que o viu nascer. “Comecei a praticar desde muito pequeno e tive a sorte de ter um treinador, o professor Fernando Gouveia, que me levou do andebol para o badminton”, explica. “A modalidade não passa na televisão e para a maior parte das pessoas é daí que nasce a popularidade de um desporto. São necessários mais apoios da parte do Governo à prática desportiva”.
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