Inclemente Manuel Serra d’Aire
Os autarcas portugueses têm fortes motivos para andarem preocupados. O seu habitat natural anda a ser invadido por exemplares das mais diversas proveniências que podem colocar em causa a sua sobrevivência enquanto espécie descendente dos dinossauros. A mais recente investida deu-se em Vila Franca de Xira, onde o actor João Carvalho quer destronar a autarca socialista Maria da Luz Rosinha. Como a arte da representação está a ser invadida por modelos, os verdadeiros actores têm de se virar para outros modos de vida. E ser autarca não é dos piores. Prometo que vou ficar atento a essa candidatura, mas acho que João Carvalho, com a experiência acumulada a proferir dislates e a protagonizar situações histriónicas na televisão, não terá dificuldade em se adaptar a um meio com características muito próprias.Por falar em autarcas e artistas, que me dizes tu daquela história do convite do PS a Moita Flores para ser candidato à Câmara de Santarém. O autarca diz que foi sondado por alguém da direcção nacional, mas no PS concelhio e distrital ninguém sabe de nada. Aliás no PS parece que o desconhecimento é o prato do dia. Enquanto o presidente da concelhia de Santarém diz que vai para o terreno uma sondagem para testar nomes junto do eleitorado, o presidente da distrital socialista e um dirigente nacional para as autárquicas dizem que não sabem de nada. Afinal em que ficamos?Valha-nos o cardeal patriarca de Lisboa quando diz que as moçoilas portuguesas devem pensar duas vezes antes de casar com um muçulmano. E tem razão. Sobretudo se forem jeitosas, tipo Merche Romero ou Catarina Furtado. Já imaginaste o prejuízo que não era para o meio ambiente ver essas jovens mulheres cobertas da cabeça aos pés, sem poderem usar fio dental na praia nem enveredarem pelo topless. O bom do D. José Policarpo sabe do que fala e, o que é ainda mais exaltante, sem interesse directo na matéria, o que hoje vai sendo cada vez mais raro e lhe dá moral acrescida. Se as mulheres portuguesas são aconselhadas a pensar duas vezes antes de casar com um muçulmano, já quanto a casar com um sacerdote católico é melhor nem sequer pensarem nisso. Porque se os discípulos de Alá estão proibidos de comer um bom chouriço ou um pernil de porco, os padres estão impedidos de tocar noutras carnes igualmente tenras e saborosas. Tudo nesta vida tem os seus prós e contras, parecendo-me no entanto que nesse capítulo particular das carnes que cada um não pode (ou não deve) comer os homens do Islão ficam a ganhar. Não só em termos da qualidade do material (o porco eleva o colesterol e a bem dizer não faz falta nenhuma), como da quantidade (os muçulmanos podem ter mais do que uma mulher sem que alguém os chateie por isso). Além disso não estão sujeitos à ditadura da partilha dos trabalhos domésticos e outras tarefas que não enobrecem a tutelar figura varonil. Nesse capítulo estão muito à frente.Um bacalhau quebra-dedos do Serafim das Neves
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