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Ginásios de Vila Franca de Xira aumentam vigilância sobre saúde dos praticantes

Ginásios de Vila Franca de Xira aumentam vigilância sobre saúde dos praticantes

Sem atestados, com mais técnicos licenciados e redução nos impostos
Os ginásios do concelho de Vila Franca de Xira estão a mudar ao ritmo da lei. O fim da obrigatoriedade da apresentação de atestados médicos provocou ao longo dos dois últimos anos mais cautela na forma como os instrutores recebem os utentes nas suas instalações, como comprovou O MIRANTE em vários ginásios do concelho. “Antes de praticar qualquer exercício o cliente responde a um questionário de auto-avaliação, que é utilizado em todos os ginásios e nos permite saber qual o seu nível físico e se tem algum problema de saúde, para adaptarmos os exercícios”, explica Grimaldi, instrutor do Ginásio de Vialonga. O técnico dirige as instalações do ginásio que funciona no pavilhão do Desporto e da Vida do Grupo Desportivo de Vialonga e avisa que “se o cliente nos mentiu, torna tudo mais complicado”. Os casos de praticantes diabéticos ou com problemas cardiovasculares não são problema para a prática de exercício físico desde que declarados. No health club “Em Movimento”, na freguesia de Alverca, “os programas de exercícios são adaptados de acordo com o nível de saúde e capacidade física de cada um e ninguém passa para as aulas sem fazer avaliação de condição física”, garante Kate Camilo, gerente do espaço. “E se um dos técnicos entender que é necessária uma reavaliação, tem autoridade para a indicar ao cliente, porque é nessas avaliações que se descobrem pequenos problemas de saúde que podem ser alterar a prescrição de exercícios”, explica. Para David Pereira, coordenador dos ginásios municipais, em Vila Franca de Xira e Castanheira do Ribatejo, a alteração da lei “facilita o acesso às instalações, mas desresponsabiliza os médicos, atribuindo mais responsabilidades aos técnicos dos ginásios. Acreditamos no que as pessoas dizem, mas se acontece alguma coisa não deixa de ser uma situação muito complicada”, refere o técnico. “Aconselharia qualquer pessoa a fazer uma visita ao seu médico de família antes de começar uma actividade física”, prescreve.O decreto-lei do Governo, que em 2007 retirou a obrigatoriedade dos atestados médicos para a frequência de ginásios, acrescentou exigências como a licenciatura como habilitação mínima para os instrutores. Em todos os ginásios consultados, as expressões “todos licenciados” ou “professor de educação física e a caminho do mestrado” são expressões ditas a O MIRANTE sem hesitação.Para quem procura um ginásio onde praticar exercício físico, é nos preços que as mudanças nas leis menos se fazem sentir. O Imposto de Valor Acrescentado (IVA) desceu de 21 para cinco por cento, por decreto governamental, mas pouco mudou nos recibos pagos pelos utentes. Paula Fonseca, jurista da DECO, assegura que “em alguns estabelecimentos, caso não tivesse havido publicidade à descida do imposto, o consumidor nunca teria essa informação”. Nos contratos que unem cliente e ginásio “há por vezes cláusulas abusivas quando às condições da rescisão, não existe qualquer indicação relativa à alteração de preços e não indica a obrigatoriedade de a empresa comunicar expressamente qualquer alteração de preçário ou do serviço”, aponta a jurista. Em Alverca, a descida dos impostos fez-se sentir no health club, mas abaixo dos números da redução de impostos. “Baixámos os preços, mas como a redução se aplica ao IVA e há um ajuste do aumento anual das despesas, os valores a pagar desceram cerca de nove por cento”, informa Kate Camilo. No ginásio municipal, os preços são os mesmos porque a instalação está isenta de IVA. Em Vialonga, O MIRANTE comprovou que os preços cobrados são hoje os mesmos de 2007. No Iron Mind Club, ginásio na freguesia do Forte da Casa, as tarifas são iguais às de Vialonga e também não sofreram alterações.Idosos enchem ginásios municipais e aulas gratuitasA população idosa do concelho presente nos ginásios municipais e actividades físicas ao ar livre promovidas pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tem aumentado nos últimos anos. David Pereira, coordenador dos ginásios municipais e actividades ao ar livre salienta a adesão da população sénior às actividades gratuitas desenvolvidas pela autarquia entre Abril e Junho, com o programa “Parado é que Não”, e nas piscinas, com a hidroginástica adaptada na iniciativa “Coração Saudável”, a um preço de 10,30 euros mensais, cada duas vezes por semana. O próximo passo é aumentar a adesão ao “Viver bem”, iniciativa que pretende “levar os idosos para as salas de exercícios em grupo e danças de salão”. A população mais idosa está também presente nos ginásios municipais. “De manhã e a meio da tarde, são principalmente as pessoas reformadas de Vila Franca de Xira e Castanheira. As pessoas que têm um emprego perto dos ginásios surgem pela hora de almoço, e a partir das 17h30 até às 20h00 temos o ginásio sempre cheio, com os utentes que trabalham e preferem fazer exercício ao fim do dia”, explica o responsável. Ao fim de semana, todos se juntam, conforme a disponibilidade individual. Pagar para suar Os preços e oferta nos ginásios do concelho de Vila Franca variam com o tipo de instalações e quantidade de recursos oferecidos. As tarifas mais reduzidas são praticadas no sector público, onde não é paga jóia de entrada e os preços são aplicados por cada utilização diária. Ir ao ginásio municipal para praticar cardiofitness e musculação em Vila Franca de Xira ou na Castanheira do Ribatejo custa 2,35 euros, com dez por cento de desconto no caso de dez entradas ou trinta por cento se a aquisição for de 30 dias. Cada entrada só é debitada do cartão magnético do utente quando este utiliza de facto as instalações. As aulas de step, ginástica localizada, pilates, hip-hop, muay thay, aerocombat ou danças de salão custam 10,50 euros por mês, uma vez por semana ou 15,85 euros, no caso de duas. Para reformados e funcionários municipais, todos os preços são reduzidos para metade.No ginásio Iron Mind (Forte da Casa) e no Ginásio de Vialonga, os preços são superiores mas semelhantes entre si. O cliente paga 25 euros por duas utilizações mensais, 30 por três e 30 euros pelo livre trânsito para musculação e cardiofitness, onde o trabalho é feito com as máquinas de exercícios. As aulas, de dança oriental, gap, step, house ou bodycombat têm um custo adicional, que pode ser combinado com as utilizações das máquinas, no ginásio do Forte da Casa. Em Vialonga, para praticar ju-jitsu, capoeira, ginástica localizada, aeróbica, basta ser cliente estar no local na hora marcada para a aula. Em Alverca, o conceito de “clube de saúde” faz-se pagar no “Em Movimento”. A prestação mais baixa é de 53,50 euros e permite livre trânsito dois dias por semana para a musculação, cardiofitness, piscina sauna, banho turco e aulas de grupo, que vão do cycling (bicicletas de exercício) ao body pump, step, fitball, reiki, ginástica localizada, dança do ventre, e aulas que combinam variantes da aeróbica ou danças exóticas, mudadas todos os meses. As massagens, os tratamento de estética, a natação, ou a osteopatia estão disponíveis, com um preço à parte e caso a caso.
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