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O que têm as pessoas de Amiais de Baixo de diferente?

O MIRANTE foi para as ruas de Amiais de Baixo e de Alcanede saber o que pensam as pessoas da maneira de ser dos habitantes de Amiais de Baixo em relação a outros habitantes da nossa região. Unidos, bairristas e trabalhadores são alguns dos adjectivos que vêm à conversa.

Joaquim LucasPresidente Junta de Freguesia Amiais de BaixoAs pessoas de Amiais de Baixo destacam-se pela sua maneira de ser e pela pronúncia. Somos uma população que gosta de receber as pessoas, como acontece nas festas, a comer e a beber nas casas de cada um, e a receber as entidades oficiais, em que nos esmeramos. E também gostamos de trabalhar, somos um povo empreendedor. Também nos distinguimos pela pronúncia que temos, com um sotaque que parece oriundo dos Açores, mas que só estudando bem é que sabemos a sua origem.Adriano ManataEmpresário, Amiais de BaixoOs amienses são pessoas bairristas. Penso que já foram mais do que são, porque as novas gerações se calhar têm uma maneira de ser diferente das anteriores. A falta de indústrias e de postos de trabalho força à saída das pessoas, o que descaracteriza bastante. Mas as festas conseguem juntar todas as pessoas de Amiais e de fora num ambiente diferente e num grande ponto de encontro. Claro que com 50 anos vivo de forma mais calma as festas. Mas os meus filhos gostam muito e as festas são para eles. Bebemos os nossos copos e temos as portas abertas para receber quem vem.Francisca Manuela AzenhaAmiais de BaixoAcho que é um povo muito unido, por gostar bastante da terra. Isso nota-se quando existem problemas ou azares. Todas as pessoas vão acudir uns aos outros. Toda a gente comenta a crise que aí está a passar e por isso tem que continuar essa união entre as pessoas. As festas são também um exemplo dessa união. Vem muita gente de fora, especialmente na procissão de sábado. Também recebo familiares do Porto que gostam a parte religiosa da festa e que costumam ficar instalados em minha casa. Armindo LouroEmpresário, EspinheiroO empresário, natural do Espinheiro, concelho de Alcanena, costuma frequentar anualmente o que considera serem as festas mais bonitas da região, onde aproveita para conviver e rever os amigos que não tem oportunidade de contactar durante o resto do ano. A pronúncia e o bairrismo são as principais características da população de Amiais de Baixo. Armindo Louro garante não ter razões de queixa de um povo que, segundo diz, é muito amigo de ajudar sempre que alguém precisa. “Não tenho razões de queixa. Gosto muito do povo de Amiais de Baixo”, diz. António BrígidoEmpresário, Valverde (Alcanede)Os amienses são pessoas de estilo bairrista que a nível nacional se vê pouco e que aprecio. Um pouco à semelhança do que acontece em Valverde, onde vivo, com um espírito serrano que protagonizamos. As pessoas de Amiais de Baixo são muito unidas, é um povo que admiro na nossa região. E a característica do orgulho próprio das populações é cada vez mais importante para o país. No que respeita às festas, António Brígido costuma ir todos os anos para ver a procissão com archotes e toda a envolvente. “Também já fui a um concerto ou dois”. Maria Irene FradeComerciante, Amiais de BaixoA união entre a população de Amiais de Baixo e o bairrismo são, para Maria Irene Frade, as principais características dos amienses. “Se existir um amiense em apuros vão logo todos ajudar. E quando se sentem injustiçados com alguma coisa, quando têm oportunidade, demonstram-no com convicção. Irene Frade gosta muito das festas em honra de São Sebastião e destaca o facto da procissão ser este ano, pela primeira vez, mais tarde. “Assim temos tempo de jantar, conviver com as visitas que vêm às festas e assistir à procissão descansadamente. Foi uma excelente ideia”, diz.António MartinsEmpresário, Amiais de BaixoAntónio Martins diz que a população de Amiais de Baixo está a perder algumas das características que a distinguiam das outras nomeadamente a garra e orgulho de ser amiense. “A população de Amiais de Baixo está a desagregar-se. Com a conjuntura económica do país, com o fechar das fábricas e a vinda de pessoas de fora, as pessoas estão muito mais desligadas. Embora aqueles que sejam naturais de Amiais de Baixo sejam mais unidos, já não existe o bairrismo de antigamente”, refere. Fervoroso adepto das festas em honra do mártir São Sebastião, António Martins garante que não perde um único dia das festas apesar de achar que também elas estão a perder qualidade.

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