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Futebol Clube de Alverca com escola ao nível das melhores

Em três anos saíram doze crianças para a escola de competição do clube

Romenos, russos, moldavos, brasileiros e portugueses fazem parte das 98 crianças que treinam na escola do Alverca. E o número tem vindo a aumentar.

João Pedro Bicho e Gonçalo Capaniço, ambos com sete anos e Dimas Zolotukyn, de nove, alimentam um sonho. O de serem jogadores de futebol no Benfica, Sporting e Porto, respectivamente. Mas para já vão apurando a técnica na escola de futebol, do Futebol Clube de Alverca às segundas e sextas-feiras, entre as 18h00 e as 20h00. O benfiquista, que é defesa e natural de Alverca, gosta de conduzir a bola e fazer jogos. Já o sportinguista, avançado e morador em Alhandra, prefere o jogo das fintas e rematar à baliza. Quanto ao médio portista, que veio da Rússia para Alverca há cinco anos, é forte no jogo do túnel e a jogar aos pontos.Paulo Robles é o coordenador técnico da escola e revela o que é mais importante. “Formar seres humanos. Temos objectivos de higiene, rigor e de conduta perante colegas, treinadores e coordenador. Queremos que aprendam de forma calma e segura todos os aspectos que são necessários para que possam evoluir e serem cada vez melhores”.Actualmente com 98 inscritos, dos quatro aos catorze anos, os alunos são colocados numa das oito turmas de acordo com a faixa etária e o nível de jogo que apresentam. “Quando chegam, há uma avaliação inicial e rigorosa feita pelos treinadores e por mim. Pode haver uma turma dos mais velhinhos com um miúdo mais novo, porque consideramos que aquele aluno tem um nível superior e acreditamos que pode evoluir mais, estando junto dos mais velhos”, conta o professor de educação física de 25 anos.A escola foi criada pelo Futebol Clube de Alverca em parceria com a empresa “Aprender Futebol. Universo das Actividades Lúdicas Desportivas (UALD)”. É a empresa que define os critérios do treino e os objectivos a cumprir. São semelhantes aos de uma escola de primeiro ciclo. A diferença é que durante os três períodos não há testes, mas sim provas que têm que ser feitas, para que os alunos progridam desde o início até ao final do ano.Como não há um campeonato regular, a escola organiza eventos aos fins-de-semana ou é convidada por outras instituições para participar em encontros desportivos. Apesar da vertente lúdica ser o principal objectivo, há um acordo em termos de focalização para a competição. Só nos últimos três anos foram encaminhadas doze crianças para a escola de competição do Alverca.“Alguns têm grande qualidade. Acredito que se forem bem aconselhados pelos treinadores mas, principalmente pelos pais, tenho a certeza que teremos meninos jogadores em Alverca”, afiança o coordenador Paulo Robles.Na Roménia era contabilista. Agora é cozinheira. Dinicica Mirela, de 37 é mãe de Denis Alexandro, de oito anos, que frequenta a escola. Trabalha mais horas para poder pagar a mensalidade de 25 euros e tem um desejo.” Ele gosta muito de jogar a bola e assim também gasta a energia. Gostava que ele fosse melhor que o Cristiano Ronaldo”, confessa, enquanto assiste ao treino do filho.Uns metros ao lado, de pé e abrigado da chuva, está António Queirós, psicólogo de 41 anos. O filho, João Queirós, de nove anos, está na escola há três. “ A principal razão foi para ele ter actividade física. Andei à procura no concelho e a escola do Alverca agradou-me já que tem o horário e a flexibilidade que pretendia. Há um ambiente agradável e as condições, quer do balneário quer do campo, que é relvado, são boas”.

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