Há 2.500 trabalhadores com empregos em risco na região
No distrito de Santarém 2.500 trabalhadores estão a viver dificuldades no emprego, com atrasos nos pagamentos de salários, reduções do tempo de trabalho e dificuldades económicas, revela a União dos Sindicatos de Santarém (USS), afecta à CGTP – Intersindical, com base num levantamento realizado recentemente. Os funcionários fazem parte de 17 empresas a operar na região e “estão confrontados com “a ameaça de perda do posto de trabalho”, revela a estrutura sindical, realçando que existem também empresas que enviaram os seus trabalhadores “para férias forçadas” por falta de encomendas. Segundo a União dos Sindicatos, a situação mais crítica vive-se nos sectores metalúrgico e automóvel existindo oito empresas com trabalhadores nestas situações. Mas a crise também se faz sentir na área têxtil, com três firmas em dificuldades. Os restantes funcionários abrangidos pela redução de salários ou falta de trabalho pertencem a fábricas de curtumes, em duas empresas segundo o registo da USS, cerâmicas (2), alimentação (1) e construção civil (1). A USS garante que está a acompanhar as situações e a pedir a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho. E apela para que os trabalhadores não tenham receio de “denunciar as situações de abuso” nas suas empresas, realçando que “na maioria das situações o patronato apresenta factos consumados, atropela direitos e foge ao debate com os trabalhadores e os sindicatos”. A estrutura sindical denuncia a existência de situações de fuga aos impostos por parte dos empresários e casos de incumprimento da contratação colectiva. Em comunicado a União dos Sindicatos pede ao Governo que os sindicatos representativos dos vários sectores de actividade tenham “direito a vigiarem a aplicação de apoios financeiros e/ou benefícios fiscais que venham a ser atribuídos a empresas”. E justifica esta medida com o facto de haver uma “tendência” para que os mesmos sejam desviados “para fins adversos”.
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