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Victoria Seguros ou a vitória do poder económico

O leitor que acompanha regularmente as notícias do nosso jornal pode confirmar nesta edição o que a Companhia de Seguros Victoria nos está a tentar fazer: que paguemos em tribunal uma indemnização de 150 mil euros (30 mil contos) por danos causados à imagem que derivam das notícias sobre o acidente que publicamos no nosso próprio jornal. O gabinete de advogados que a Victoria Seguros foi contratar para resolver o seu problema com O MIRANTE é uma resposta à altura: como ainda não houve acordo e O MIRANTE não é um lesado qualquer, toca de dar trabalho aos advogados e de pedir uma fortuna que eles sabem que o pessoal não tem dinheiro para pagar. E assim vai a nossa democracia. Quem nos defende destas organizações milionárias que nos tentam esmagar com o poder dos seus recursos e com o medo que todos nós temos de cairmos numa cilada?Só uma justiça célere e cega. Vamos confiar na justiça e esperar que os senhores da Victoria Seguros nos paguem aquilo a que temos direito por nos terem mandado um carro para a sucata. Sem medos. Como mandam as regras de quem confia no poder da razão sobre o poder do dinheiro.Esta semana dei por mim a ler sobre os impostos e a injustiça da tributação sobre os rendimentos da classe média. Quem tiver um familiar numa casa de repouso, a pagar mensalmente mais do que dois ordenados mínimos só pode descontar nos impostos uma verba anual de cerca de 360 euros; o resto é papéis para o lixo. Quem tiver a pagar juros de habitação própria só consegue descontar no IRS cerca de 580 euros por ano. O resto que regra geral soma o ordenado mensal de um membro do agregado familiar não conta para o totobola.Leiam-se os jornais e tome-se boa nota do que os banqueiros corruptos fazem ao dinheiro que ganham com o nosso dinheiro. Veja-se o que o Estado desperdiça por não impor regras que acabem com os paraísos fiscais e imagine-se os milhões de euros que passam ao lado da nossa pobre economia. São dois exemplos entre centenas que servem para exemplificar a injustiça na tributação dos impostos principalmente nos casos em que os cidadãos se substituem ao Estado protegendo os seus familiares da miséria e construindo casa própria para viverem com dignidade. Qual Bloco de Esquerda qual carapuça. O que o país precisava era que nos juntássemos e atacássemos como militantes de pleno direito os lugares de privilégio que os mesmos de sempre ocupam nos partidos que, regra geral, dividem o poder. Outro galo cantaria se a classe média saísse mais vezes em defesa de uma sociedade mais justa. JAE

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