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Impormol diminui trabalho por falta de encomendas

Impormol diminui trabalho por falta de encomendas

Administração da empresa garante que unidade é uma das mais fortes da Europa

A Impormol arrancou na segunda-feira com um processo de lay-off que vai afectar os 250 trabalhadores durante seis meses. A administração da multinacional, com uma unidade em Azambuja, assegura que foram feitos grandes investimentos em equipamento e espera que a situação melhor

Cerca de 250 trabalhadores da Styria Impormol S.A., de Azambuja, uma empresa que produz molas para o sector automóvel, estão a ser afectados por um período de suspensão de trabalho por falta de encomendas. O processo de “lay-off” que a empresa decidiu aplicar aos trabalhadores arrancou na segunda-feira, 9 de Fevereiro, e vai estender-se até ao próximo dia 9 de Agosto com paragens “semana sim, semana não”. O pico do calendário regista-se em Abril com três semana sem trabalho. A proposta de suspensão de trabalho foi apresentada há cerca de um mês aos trabalhadores durante um plenário. O dirigente sindical da empresa, Carlos Rebelo, estima que os funcionários com ordenados na ordem dos 1200 euros vejam reduzidos os seus vencimentos em cerca de 200 a 300 euros por mês, mas acredita que o segundo semestre o ano possa trazer um novo incremento ao sector automóvel que permita ultrapassar a situação. A produção da empresa, que produz molas para camiões e ligeiros de mercadorias, baixou para um terço do que é habitual em anos anteriores. O administrador da empresa, Armin Gössler, explicou a O MIRANTE que todos os trabalhadores vão ser afectados pelo lay-off, ainda que nem todos no mesmo grau. O sector da manutenção será o menos afectado já que é necessário salvaguardar o bom funcionamento dos equipamentos.A crise na indústria automóvel que fornecem obrigou a avançar para a dispensa temporária de trabalhadores que, pelo menos a avaliar pelo actual estado da economia mundial, nunca será a suspensão permanente. Há a possibilidade de algumas unidades do grupo encerrarem na Europa, mas este cenário está posto de lado no caso de Azambuja, pelo menos em relação ao contexto actual. “Vamos manter a produção baixa no primeiro semestre o ano, mas a actividade vai manter-se cá. Não teremos despedimento de trabalhadores. Estamos optimistas para o futuro”.O grupo tem unidades espalhadas um pouco por Europa, todas em situação de lay-off no momento. Na Áustria o lay-off arrancou em Novembro do ano passado e Portugal foi a mais recente unidade a ser afectada. Os objectivos da empresa estão a ser revistos de dia para dia. A unidade produz componentes específicas de suspensão e realizou grande investimento em equipamento no último ano, especialmente na área da forjagem. “Cada dia de lay-off representa perda de dinheiro para a companhia. Não fazemos disso lucro. Gostaríamos de estar a trabalhar em condições normais. É o melhor para a empresa e para os trabalhadores. Espero que as encomendas aumentem”, conclui.
Impormol diminui trabalho por falta de encomendas

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