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Futebol Clube de Alverca desiste de lutar pelo regresso à super liga nacional

Futebol Clube de Alverca desiste de lutar pelo regresso à super liga nacional

António Fernandes queixa-se de estádio vazio mesmo com entradas gratuitas

Futebol clube de Alverca não tem capacidade financeira para competir na primeira liga. Essa é a convicção do presidente da direcção, António Fernandes, que está triste com o crescente afastamento dos sócios do clube e diz não querer “entrar nas mesmas loucuras” da direcção de Luís Filipe Vieira que, no seu entender, iam levando o clube á falência.

O futebol clube de Alverca tem subido passo a passo pela segunda divisão distrital e só aspira chegar à divisão de honra. O regresso à primeira liga e à “glória do antigamente”, como pedem alguns sócios, é algo que não será alcançável nos próximos anos, garante o presidente da direcção do clube, António Fernandes.“Agarrei na direcção deste clube com dívidas herdadas na casa de um milhão e meio de euros, sem contar com as dívidas da Sociedade Anónima Desportiva (SAD). O Alverca estava numa situação caótica e até a SAD tem actualmente uma acção de insolvência a decorrer. Não consentirei que o Alverca sofra mais do que já sofreu no passado. Temos um orçamento apertado e não vamos entrar nas mesmas loucuras de antigamente”, assegurou o responsável. Garantindo que actualmente o Alverca tem as contas “perfeitamente equilibradas”, o responsável não esconde alguma desilusão pela falta de apoio de Luís Filipe Vieira. “Eu não sei porque é que ele não nos ajuda. Pergunte-lhe a ele. A única proposta oficial que recebemos do Sport Lisboa e Benfica (SLB) foi um ofício escrito a dizer que o Alverca teria de ceder gratuitamente qualquer jogador que o Benfica pretendesse. As nossas relações pararam logo por aí”, afirma.Empenhado na finalização do futuro centro de estágio do complexo desportivo de Alverca, que acolherá não apenas futebol como também outras modalidades, o dirigente adiantou a O MIRANTE que parte do complexo estará concluído até ao final do ano. Dois campos de futebol, um pavilhão e um campo de treino para guarda-redes serão os principais pólos do centro de estágio, que nascerá junto à estação de caminhos de ferro. “A relva sintética que vamos colocar nos nossos campos é igual ao que a organização do mundial de futebol da África do Sul escolheu, é fabulosa para desporto”, defende o dirigente. O custo deste tipo de relva ronda os 300 mil euros.“Estou triste com o afastamento dos jovens em relação ao Alverca. Tomámos a decisão de fazermos jogos de porta aberta mas mesmo assim nunca ultrapassamos os 250 espectadores. Isso entristece-me muito porque se está a perder o associativismo também”, desabafa.Confrontado com as críticas de algumas das estruturas ligadas ao hóquei do clube, António Fernandes assegura que “todas têm a mesma importância” e que o problema passa pela sobrecarga de utilizações. “O problema é que o único pavilhão que temos está a servir cinco modalidades diferentes, em escolinhas, masculinos, femininos e juniores. E são atletas a mais para o espaço que temos disponível”.O responsável da direcção do Alverca assegura também que não irão ser realizadas quaisquer acções de angariação de receitas. “Fazem-me mais estragos na relva do que a receita que iríamos obter. E muitos artistas não querem tocar no pelado”, conclui.Dos 3000 sócios do clube apenas metade tem as quotas em dia e, dessa metade, menos de um quarto vai regulamente assistir às partidas da equipa.
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