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O orgulho ribatejano vibrou com os melhores da região

O orgulho ribatejano vibrou com os melhores da região

Cerca de meio milhar de convidados no auditório do Ateneu Artístico Vilafranquense

Uma festa do Ribatejo com pessoas de todas as classes sociais unidas por um sentimento de orgulho.

“Viva o Ribatejo”, o grito de João Antunes é abafado pelo riso que os gestos dos actores dos Commedia a La Carte fazem no palco. O antigo operário fabril, natural da Parreira (Chamusca), a viver próximo de Vila Franca de Xira há 30 anos, confessa o orgulho de ser ribatejano numa noite em que O MIRANTE distingue onze personalidades individuais e colectivas da região.“Sou do concelho onde nasceu O MIRANTE e sou sócio há muitos anos”, explica o assinante que todas as semanas devora o jornal para sentir o pulso da região onde vive. João e a esposa responderam ao convite que O MIRANTE fez a todos os leitores e foram assistir à gala no serão de quinta-feira, 12 de Fevereiro, em Vila Franca de Xira. “Gostei de tudo. Apanhei uma barrigada de riso com aqueles moços” diz Ana Antunes, referindo-se ao humor dos Commedia a La Carte, que actuaram na primeira parte da gala.O humor feito de improviso com uma interactividade permanente com o público surpreendeu a maioria da plateia que estava à espera de um espectáculo “arrumadinho”. José António Carmo, número dois da segurança social em Lisboa e Isaura Morais, presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior, mostraram que nem todos os políticos são cinzentos e subiram ao palco para participar na paródia.Depois de mais de uma hora a rir sem descanso, chegou o momento solene das homenagens. Há movimentações na sala. Alguns convidados aproveitam para responder às chamadas urgentes e regressam já com as apresentadoras Joana Emídio e Ana Isabel Borrego a fazerem o primeiro elogio da noite. A atleta Vera Santos foi a primeira homenageada a subir ao palco.Na plateia sente-se emoção sempre que se realça os méritos dos homenageados. “Todos merecem. São todas boas pessoas do nosso Ribatejo”, diz Piedade Salvador, poetisa popular de Samora Correia.Lurdes Santos, de Vila Franca de Xira, também não poupa aplausos aos intervenientes ao longo da noite e quase no final explica que “para a festa ser completa” só faltou um fado.“Estava a pensar que a Ana Moura ia cantar os ‘Búzios’. Gosto muito de a ouvir.”, explica.Estão mais de quatrocentas pessoas no auditório. Nas filas da frente estão empresários, autarcas, dirigentes de organismos públicos e convidados que acompanham os galardoados. A Governadora Civil de Lisboa, Dalila Araújo trouxe uma comitiva com colaboradores, autarcas, deputados, responsáveis pela Protecção Civil e PSP. E amigos, como o secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros.A maior representação na plateia é a dos Companheiros da Noite, associação que apoia pessoas carenciadas. Mais de vinte voluntários sobem ao palco no momento de receber o prémio. O espírito de corpo fala mais forte e o momento é registado com uma das reacções mais emotivas da plateia.Na sala há uma dezena de fotógrafos a captar as imagens que farão história, mas há sentimentos que a foto não vai mostrar. Enquanto alguns convidados se colocam a jeito e até fazem pose, outros dificultam o trabalho dos fotógrafos que repetem os disparos até acertar. Felizmente o tempo dos rolos já lá vai.Há no ar uma mistura de perfumes seleccionados com rigor. Os homens vestem elegantes fatos. A maioria em tons escuros: preto, cinza e azul. As gravatas são lisas ou às riscas. Quase todos seguem a moda. As senhoras usam vestidos de cerimónia e decotes por baixo de casacos compridos porque o Inverno não tem sido meigo.Há convidados sentados estrategicamente em lugares da ponta para poderem sair sorrateiramente. O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho sai várias vezes da sala porque o vício do tabaco fala mais alto. O deputado Vasco Cunha também não resiste a um cigarro mas confessa que aguentou mais de uma hora sem fumar. Uma proeza nada comparada à dos atletas que foram distinguidos.Miguel Arraiolos foi dos últimos convidados a chegar à gala. Ficou preso no trânsito e teve de correr para chegar a tempo. Tal como a fadista Ana Moura que prendeu o olhar de vários espectadores quando entrou no imponente auditório vestida de forma simples, com botas de salto alto e cano até ao joelho.Imprevistos à parte, a pontualidade não é um hábito português e o espectáculo começou com mais de meia hora de atraso. Mas há excepções. A médica Catarina Catela foi a primeira a chegar com a família e amigos. Ainda não eram 20h30 e já estava na sala. Os bons hábitos, como o da pontualidade nunca se perdem.
O orgulho ribatejano vibrou com os melhores da região

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