Isilda Cambez, cozinheira do restaurante O Bernardo, em S. Vicente do Paúl
Isilda Cambez, cozinheira do restaurante O Bernardo, em S. Vicente do Paúl, teve a responsabilidade de abrir as hostilidades na apresentação do Festival do Magusto do concelho de Santarém. O certame vai decorrer de 21 de Fevereiro a 8 de Março em 18 restaurantes: Taberna do Quinzena, Taberna do Quinzena II, O Solar, Adega do Bacalhau, Portas do Sol, A Grelha, Jomar, O Alporão, Ribeirense, Aromatejo, O Chefe, O Bom Garfo, Taverna Típica Miratejo, O Salsa, Adega dos Sabores, O Bernardo, Taberna Rentini e O Chicote. Segunda-feira houve que preparar magusto para cerca de 30 convidados. Foi necessário uma dúzia de couves portuguesas e alguns molhos de couves galegas. À parte coze água, azeite, batatas e cebola. “As couves são amassadas a murro, ficam com um sabor diferente do que se fossem cortadas com faca. Depois juntamos tudo, arranja-se pão bem fino para derreter, alho, coentros e azeite, que tem de ser de boa qualidade”, explica Isilda Cambez.Nas mesas começa-se a sentir o cheiro do magusto que está pronto a servir. Primeiro, com bacalhau assado. Depois, com entrecosto no forno. “Também vai bem com bacalhau com broa”, acrescenta a cozinheira. Mas nos 18 restaurantes o magusto também é rei ao lado de nacos de porco, costelas de borrego, espetadas de caça, carapauzinhos, petingas e raia fritos, ou até de chocos grelhados e outras iguarias.Os vinhos oficiais do evento gastronómico têm rótulos da Adega Cooperativa de Alcanhões, Casa Cadaval, Quinta do Casal Branco, Quinta da Lagoalva e Quinta de Ribeirinha, em conjunto com os azeites Vale de Lobos e Quinta do Juncal. O vereador da Câmara de Santarém com o pelouro do turismo, António Valente, realçou a importância do festival na promoção dos produtos regionais e dos restaurantes do concelho, tentando inverter a ideia de que quem quer almoçar tenha de ir para concelhos vizinhos. “A gastronomia dá cartas em Santarém”.Quer o provedor da Confraria da Gastronomia do Ribatejo, Octávio Mendes, como o representante da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas e estudioso, Armando Fernandes, sublinharam a importância de manter produtos regionais, como o magusto, nos receituários dos restaurantes da região. “O magusto começou por ser um prato de necessidade que aguçou o engenho e hoje relega o bacalhau, entrecosto ou petingas para acompanhamentos”, concluiu.Ricardo Carreira
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