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ABEIV quer centro integrado de idosos em Vialonga

ABEIV quer centro integrado de idosos em Vialonga

Unidade vai reunir lar, centro de dia e apoio domiciliário

Projecto foi aprovado pelo programa PARES em 2007 mas não recebeu verbas. Aposta da ABEIV passa por financiamento pelo QREN ou por associação com privados

A Associação para o Bem-Estar Infantil de Vialonga (ABEIV) quer concluir um centro integrado de idosos até 2011. O projecto vai ser candidato aos apoios europeus do Programa Operacional de Potencial Humano, do Quadro de Referência Estratégica Nacional, depois de em 2007 ter sido aprovado pelo programa PARES (dinheiro proveniente dos jogos da Santa Casa da Misericórdia) sem que lhe fosse atribuída qualquer verba. “Queremos ter o centro a funcionar daqui a dois anos, no máximo”, revelou a O MIRANTE Vítor Cardoso, presidente da ABEIV. O projecto, avaliado em 2007 em três milhões de euros, vai concentrar as valências de lar, centro de dia e apoio domiciliário. “A candidatura ao apoio domiciliário atinge o tecto máximo de 60 utentes, mas se for aprovada, os fundos vão ter de servir 70. Os moradores nascidos em Vialonga estão a ficar doentes, velhos e a não querem sair de casa. Há ainda adultos jovens que vieram para cá viver e têm os pais da zona. Só o centro de convívio é frequentado por mais de 200 utentes ”, nota o dirigente da instituição de solidariedade social (IPSS). A aposta da ABEIV no equipamento vai privilegiar o apoio domiciliário e o centro de dia. “As pessoas só devem ir para um lar se não conseguirem viver nas suas casas. O apoio domiciliário deve ter qualidade, ser capaz de valer à maior parte dos utentes”, refere Vítor Cardoso. Caso a candidatura não seja aprovada, o dirigente não descarta a procura de apoios privados. O modelo passaria pelo investimento de particulares interessados em financiar projectos na área social, tendo o equipamento mensalidades diferenciadas para utentes carenciados. Manter um idoso num espaço apropriado “implica um valor que muitas famílias não conseguem pagar”, alerta Vítor Cardoso. O valor acordado pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) com o Governo para o custo mensal estimado de cada idosos num lar, cerca de 800 euros, “foi mal negociado” aponta o dirigente, que pertence à Associação de Intervenção Social e Comunitária (AISC) de Vila Franca de Xira. Vítor Cardoso estima as despesas reais em mais de mil euros e sublinha que “não podemos desresponsabilizar o Estado da sua obrigação de tratar bem a população idosa”.ABEIV foi criada em 1978, com as valências de creche e berçário, para crianças até aos 5 anos. Há mais de década e meia que a organização passou a servir também a população idosa, com apoio domiciliário e o centro de convívio de idosos, no Parque Residencial de Vialonga. Ana Rosa, técnica responsável pelas instalações, o espaço constituído por duas salas, uma de cafetaria e outra de convívio “dá para actividades como jogos de grupo, como o bingo, o jogo da lata e do burro, e mesmo para os ensaios do grupo de cantares da ABEIV mas falta espaço para outras coisas”. Maria da Conceição, utente e membro da comissão de idosos que ajuda a organizar as actividades, confessa “gostar de muita coisa”, mas sente necessidade de instalações que permitam aos utentes reunirem-se todos se necessário. Olívia Mocho e Ilda Filipe e Fernanda Cravo, também utentes, subscrevem a opinião da idosa. Para as utentes, o futuro centro seria “uma boa notícia”, mas olham para a valência de lar com reservas. “Não há nada como a nossa casa”, referem.Lares de Vila Franca de Xira são insegurosA Associação de Defesa do Consumidor – DECO, publicou em Fevereiro uma investigação em 28 lares de idosos sem fins lucrativos na Grande Lisboa e Grande Porto. Das instituições analisadas faziam parte três situadas no concelho de Vila Franca de Xira. A Fundação para Desenvolvimento Comunitário de Alverca, Cebi, a Associação do Hospital Civil da Misericórdia de Alhandra e a casa de São Pedro de Alverca foram as três instituições concelhia em análise. Os critérios observados pelo estudo foram aspectos como a organização, actividades, quartos e segurança em caso de necessidade de evacuação e incêndio. O CEBI foi a instituição com melhor classificação nas vertentes organização, actividades (Médio), detecção de alarme em caso de incêndio (Muito Bom) e orientação em caso de evacuação (Bom). As saídas de emergência foram consideradas o pior aspecto (Mau). Para o Hospital Civil da Misericórdia de Alhandra, a evacuação pelas escadas e a detecção de alarme mereceram a melhor classificação (Bom). As portas corta-fogo sempre abertas, as escadas e caminhos de evacuação, além dos quartos, valeram as piores classificações da instituição (Mau) . No caso da Casa de São Pedro de Alverca, as saídas de fumo, de emergência, qualidade das salas comuns e portas corta-fogo foram os pontos fracos encontrados pela instituição (Mau). Os meios de extinção de incêndio e a detecção de alarme em caso de incêndio foram os pontos mais fortes analisados pela DECO (classificação de Bom).
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