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Faustino da Mata

68 anos, reformado e dirigente associativo, Cartaxo

“Quando fui atacado por uma gripe chamei o médico lá a casa. Para evitar estar oito dias à espera de uma consulta… Não digo com isto que o serviço público seja mau. Mas quando se entra num centro de saúde e se verifica as condições que tem percebe-se que os profissionais de saúde não podem fazer muito mais”

Já sentiu na pele os efeitos da crise?É uma crise que já tem muito tempo. Interrompi a minha actividade de empresário do sector dos transportes porque vi que existiam dificuldades e estava a ser difícil superá-las. Preferi parar até que este mau tempo passe. Não estou arrependido de o ter feito. Parei a tempo de não deixar dívidas e ficar com tudo regularizado. E ainda tenciono voltar. Para as férias prefere a praia ou o campo?Adoro o campo. Estive há pouco tempo nos Açores e fiquei deslumbrado. Não há ninguém que consiga descrever por palavras aquele cenário. Procuro sempre um pouco de natureza. Também gosto do mar. Dispenso a confusão, mas gosto de ouvir o barulho das ondas para recarregar baterias para o ano seguinte. Se fosse político que medida tomaria?Se fosse político faria o mesmo que se faz em gestão de empresas. Primeiro é preciso avaliar os projectos. Há coisas que parecem simples de mexer, mas depois de analisado o assunto percebe-se que não são assim tão simples. A maior parte das pessoas promete logo mudar o estado das coisas mesmo ainda antes de saber como estão. O interesse é mudar, mas as coisas devem mudar-se quando é para melhor. O problema dos políticos é que olham muito para o partido e pouco para a necessidade dos cidadãos. Tem algum lema?Sou contra a mentira. O dia da verdade é o meu dia. Vivo sempre para a verdade, apesar de já ter sido condenado por isso. Mas não estou arrependido e ninguém me vai mudar.Costuma recorrer ao serviço privado de saúde?Sim. Quando fui atacado por uma gripe chamei o médico lá a casa. Para evitar estar oito dias à espera de uma consulta… Não digo com isto que o serviço público seja mau. Dizer mal toda a gente pode dizer. Mas quando se entra num centro de saúde e se verifica as condições que tem percebe-se que os profissionais de saúde não podem fazer muito mais. Tem alguma viagem de sonho?Gostava de ir às nossas ex-colónias. Quando fui tropa estive mobilizado para ir para Angola, mas como a minha especialidade era controlador aéreo houve dificuldade em arranjar pessoas para me substituir. Acabei por não ir para fora, mas ficou este desejo de conhecer África.Qual é o seu prato preferido?Adoro grelhados e aprecio uma boa sopa com muitos legumes. Fui criado assim… Também gosto muito de bacalhau, seja assado, cozido ou com natas. Sou um pouco exigente com o que como. Tudo aquilo que comemos, bebemos e respiramos é a nossa saúde do dia seguinte. É o que nos dá a força para poder viver. E respeito muito isso.

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