A Câmara de Santarém e a Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo (ERT-LVT) ainda não escolheram o substituto de Carlos Abreu na presidência do Festival Nacional de Gastronomia (FNG), organizado pelas duas entidades. Desde 2 de Novembro de 2008, quando terminou o último certame, que não existe uma estrutura directiva para começar a preparar a 29ª edição do festival. O presidente da Câmara de Santarém diz que ainda não houve tempo para resolver a situação. Moita Flores (PSD) realça que não se pode fazer tudo de um dia para o outro, revelando que durante este mês pode haver uma decisão. Desde 2007 que se fala na saída de Carlos Abreu, que geriu o festival durante 28 anos. Antes de terminar o certame de 2008, Moita Flores disse publicamente que não queria mais Abreu naquele lugar e este fez mesmo a despedida no decorrer do evento. As contas do festival ainda não foram apresentadas para deliberação. Carlos Abreu diz que estas estão a ser verificadas pelo contabilista e que devem ser fechadas durante este mês. O ex-presidente do FNG garante que não está em funções apesar de continuar a frequentar a Casa do Campino, onde funcionam as sedes da Entidade Regional de Turismo e do Festival de Gastronomia, justificando que a situação se deve à elaboração do relatório de contas. A preparação do festival já devia ter começado. Nas edições anteriores a organização dos seminários começou a fazer-se em Fevereiro. Abreu diz que já fez notar este facto ao presidente da ERT-LVT, Rosa do Céu. A demora na escolha do novo presidente do festival deve estar relacionado também com a resolução do impasse que tem existido na aprovação do orçamento da Entidade Regional de Turismo (ver texto ao lado). Certo é que Moita Flores não vai voltar atrás na intenção de afastar Carlos Abreu de qualquer cargo no festival, visto que as relações entre ambos não são as melhores e agudizaram-se na edição passada.