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Pai e filho. A mesma tradição.

Pai e filho. A mesma tradição.

Pai e filho. A mesma tradição. Rui e Manuel José Lucas, de 26 e 59 anos, respectivamente, participam há vários anos consecutivos no Jogo do Quartão, que todos os anos tem lugar na quarta-feira de cinzas, na Chamusca. Os representantes das duas gerações fazem parte de um grupo de homens que durante a tarde vai lançando ao ar um cântaro de barro em frente às tabernas da vila. Quem parte a bilha paga, na mesma hora, quatro euros. A tarde começou com um almoço de grelos na sede do Grupo Dramático Musical. Dali os homens, a maioria jovens porque os mais velhos já não conservam a genica e a visão de outrora, partiram de taberna em taberna, onde lhes é oferecida comida e bebida. São quatro da tarde e abraçam-se cúmplices para a foto. Apesar da corrida já levar duas horas, as camisas apresentam poucas “medalhas” de vinho. Ao centro seguram o cântaro de barro. O mesmo que dali a poucos minutos vai estar desfeito em cacos. O mais novo participa há meia dúzia de anos na tradição mas o pai já perdeu a conta aos “quartões” que partiu. Manuel Lucas, mais conhecido como “Faísca”, não esquece o que lhe aconteceu há quatro anos quando um cântaro lançado na sua direcção sem aviso, por um jogador inexperiente, lhe deixou apenas dois dentes na dianteira da boca. Mesmo assim não deixou de participar e tem orgulho que o filho lhe siga as pisadas: “Esta é uma tradição genuína que não se pode deixar morrer. Ainda bem que os mais novos agarraram isto como deve ser”.Elsa Ribeiro Gonçalves
Pai e filho. A mesma tradição.

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