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Mesmo quando a vida é madrasta. Quando se sente que o mundo desabou sobre nós.

Mesmo quando a vida é madrasta. Quando se sente que o mundo desabou sobre nós.

Mesmo quando a vida é madrasta. Quando se sente que o mundo desabou sobre nós. Há momentos em que o sorriso sai naturalmente como um sinal da felicidade de saber que ainda há quem se preocupe com os outros. Vânia Correia e Mónica Silva são duas jovens de Porto Alto e Benavente atiradas para duas cadeiras de rodas porque estavam no local errado no momento errado. Uma árvore caiu sobre o carro onde viajava Mónica Silva, na estrada que liga Benavente a Samora Correia. Deixou de andar, correr e saltar na flor da vida, mas não perdeu a vontade de viver e a força para lutar. Ficou mais forte. Aprendeu a valorizar as pequenas coisas que passam despercebidas a quem corre ao ritmo que a sociedade impõe.Vânia Correia foi vítima de um acidente de trabalho quando ajudava um familiar na apanha mecânica da batata. Perdeu o cabelo, sofreu lesões graves que a obrigaram a sucessivas intervenções cirúrgicas. Lutou contra a morte e venceu.Estas jovens sentiram na pele a revolta. Ambas questionaram: “porque é que isto me aconteceu?” As duas revelaram-se mulheres de coragem e têm vencido a adversidade. Uns dias melhor, outros pior. A família e os amigos são fundamentais, mas o apoio de centenas de anónimos não pode ser esquecido.Juntaram-se na organização de espectáculos e campanhas de recolhas de donativos que foram fundamentais. Mobilizaram-se em toda a região na recolha de tampas de plástico para que Mónica e Vânia pudessem ter duas cadeiras de rodas novas que minimizem as dificuldades de circular e aumentem o conforto. João Vilagelim (na foto) foi um dos dinamizadores desta cadeia de solidariedade que não pode parar. Estas jovens vão continuar a precisar da ajuda de todos e há na região dezenas de casos semelhantes a quem não podemos virar as costas porque a solidariedade é feita todos os dias com pequenos gestos. E com sorrisos puros como os da foto.Nelson Silva Lopes
Mesmo quando a vida é madrasta. Quando se sente que o mundo desabou sobre nós.

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