Campeonato das Profissões mostra o que de melhor se faz em Portugal
A grande montra da formação profissional decorre até sexta-feira em Santarém
Cerca de 170 jovens participam em Santarém desde segunda-feira no Campeonato Nacional das Profissões, uma prova organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) que pretende ser uma "montra" do melhor que se faz nos cursos profissionais em Portugal. A edição 2009 do SkillsPortugal decorre até sexta-feira, estando representadas 34 profissões. Mais do que uma simples competição entre jovens, o campeonato pretende promover a via de ensino profissional como alternativa de sucesso para a inserção na vida activa junto das empresas e dos jovens em idade para definirem o seu percurso de vida. Os participantes são jovens entre os 17 e os 21 anos provenientes de centros de formação, escolas profissionais, empresas ou auto-inscritos, tendo sido pré-seleccionados em provas regionais, realizadas em finais de Outubro. De Santarém sairá ainda uma selecção nacional que representará Portugal na 40ª edição do WorldSkills, que acontecerá em Setembro, no Canadá. Entre as profissões representadas há um pouco de tudo, mas se há 50 anos - quando estas olimpíadas nasceram - os concorrentes disputavam provas "muito operárias" como a serralharia, a mecânica automóvel ou a construção civil, hoje em dia, com a penetração do conhecimento e das tecnologias mais variadas, tem havido uma passagem para os serviços, com introdução de novas actividades como o vitrinismo, a hotelaria e a restauração, a estética, o cruzamento da informática com outras áreas, entre outros. A novidade deste ano é que o SkillsPortugal conta com uma prova de mecatrónica, uma profissão altamente tecnológica, que implica o domínio de áreas como a electricidade, a pneumática, a electrónica e a mecânica. Assim, e apesar de tudo, reconheceu o presidente do IEFP Francisco Madelino, nos últimos dois anos as vias profissionalizantes do ensino registaram uma "grande evolução" e são já metade os alunos que à entrada do secundário optam pelos cursos vocacionais ou profissionais, de acordo com os dados do Ministério da Educação. "É uma ideia muitas vezes divulgada que se gastam milhões e milhões na formação profissional, mas não se sabe bem onde vai e lá pode-se ver para onde vai. As empresas podem ver a qualidade do que lá sai e tudo isso é bom quer para as empresas quer para o sistema que também se vê reconhecido", disse o responsável.
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